segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Depois do carnaval

Antonio Luceni
aluceni@hotmail.com



Será que o Brasil começa a funcionar agora?

No País do carnaval, tudo é antes e depois dele. Acho que deveriam instituir os calendários de tudo só depois do carnaval. Início de aulas? Depois do carnaval. Pagamento de impostos? Depois do carnaval. Casamento, batizado, posse, compra e venda de imóvel... só depois do carnaval.

Aí, ficaria tudo mais fácil. Aí saberíamos quanto de fato restou do décimo terceiro salário ou das festas e férias de final de ano. Tudo para depois do carnaval. O reino do Momo é que deveria ditar as regras.

É somente depois do carnaval, também, que ganhamos a grata alegria – ao menos pra mim – de ter o horário normal de volta. Sim, porque essa coisa de horário de verão é uma invenção de quem não acorda cedo e assina ponto. O camarada fica inventando história porque ele pode dormir até tarde, não tem que passar dedo em ponto digital e tudo o mais que os proletários, como nós, têm que fazer.

Só depois do carnaval é que as cidades voltam ao seu ritmo normal, que o lixo diminui, os odores de urina e de fezes, próprios das cidades turísticas, matrizes do carnaval, começam a dar lugar aos cheiros característicos de cada local.

Só depois do carnaval que as pessoas voltam para o morro, à vida de rotinas nos lares abastados da classe média e dos ricos, nos trens e lotações abarrotados de gente, ao anonimato relegado ao pobre pelas elites dominadoras.

Depois do carnaval não tem rei e nem rainha, não há princesas e nem porta-bandeiras... todos agora são súditos do mesmo rei, que não é alegre como o Momo, que não é festeiro como o rei do carnaval.

O rebolado, depois do carnaval, é outro. Sim, porque rebolamos o ano inteiro, mas somente no carnaval é um rebolado bom, alegre, contagiante... Os outros rebolados, durante o ano, são para escapar da loucura do dia a dia, do aperto do final do mês, da ordem de prioridade das coisas para comer, vestir, morar, transitar...

Só depois do carnaval tiramos as fantasias, arrancamos os sapatos dos pés e ficamos mais confortáveis. Vemos que todo aquele brilho e glamour já não nos pertence mais, aí nos colocamos – ou somos colocados – no lugar a que nos destinaram: anonimato e silêncio.

Só uma coisa permanece depois do carnaval: as máscaras. Delas não abrimos mão. Máscaras de alegria, quando realmente estamos tristes e chateados; máscaras de convergência, quando não concordamos com uma série de coisas, mas não podemos falar porque corremos o risco perder o emprego; máscaras de religiosidade, quando demônios são aflorados à noite, nas esquinas de ruas duvidosas, nos desejos mais secretos que temos, sob os mais diferentes aspectos da vida.

É, parece mesmo que a vida só funciona no Brasil depois do carnaval.

Antonio Luceni é mestre em Letras e escritor. Membro e diretor da União Brasileira de Escritores – UBE.


domingo, 26 de fevereiro de 2012

REUNIÃO ORDINÁRIO DA UBE - Fevereiro



No dia de ontem, sábado, tivemos nossa reunião ordinária do mês de março, com os membros da União Brasileira de Escritores - UBE, Núcleo Araçatuba e região. Na ocasião, tive a oportunidade de explanar sobre Maria Ângela Alvim, poeta objeto de meu mestrado. Os tópicos discutidos foram:

* Maria Ângela Alvim - * Volta Grande, Zona da Mata, Minas Gerais, 01/01/1926), + Belo Horizonte, Minas Gerais, 19/10/1959.

* Família: Fausto Figueira Soares Alvim e Mercedes Costa Cruz Alvim (pais); Maurício da Costa Cruz Alvim, Maria Lúcia Alvim, Francisco Soares Alvim Neto e Fausto Alvim Júnior (irmãos), tendo sido Maria Ângela Alvim a mais velha deles.

* Locais por onde viveu ou se relacionou: Volta Grande, Araxá e Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro, Icaray (RJ), Argentina e França.

* Atividades profissionais: Assistente Social, Secretária Pessoal de Josué de Castro (Geógrafo e Humanista) e poeta.

* Atividades políticas/militantes: juntamente com Josué de Castro e outros ativistas, fez parte do movimento internacional "Économie et Humanisme", liderado pelo dominicano Padre Lebret.

* Obras publicadas:
- Superfície, 1951 - Edições João Calazans (única publicada em vida);
- Barca do tempo, 1955 (edição artesanal, único exemplar)
- Poemas, 1962 - 1ª ed. Departamento de Imprensa Nacional (obras completas)
- Poemas, 1980 - 2ª ed. Fontana/MEC (obras completas - edição feita por Drummond)
- Poemas, 1993 - 3ª ed. Unicamp
- Poèmes d'août, 2000 - 1ª ed. Arfuyen (edição francesa)
- Superfície - toda poesia,  2002 - 1ª ed. Assírio & Alvim (edição portuguesa)

* Antologias:
- Os cem melhores poemas brasileiros do século, 2001 - Ítalo Moriconi (org.), Objetiva.
- Roteiro da poesia brasileira - anos 50, 2007 - André Seffrin (org.), Global.

* Citações e pesquisas em obras acadêmicas:
- História da Literatura Brasileira, 1997 - Luciana Stegagno-Picchio, Nova Aguilar.
- A poesia de Maria Ângela Alvim, 2008 - Dissertação de Mestrado de Antonio Luceni dos Santos, UFMS.
- Maria Ângela Alvim: a poética da inquietude, 2010 - Kelen Benfenatti Paiva, in: Escritoras Mineiras: poesia, ficção, memória - Constância Lima Duarte (org.) - FALE/UFMG.
- O cânone literário nacional: a recepção de Maria Ângela Alvim, 2011 - artigo científico de Danglei de Castro Pereira (UEMS) e Isabelle Akemi Diniz (UEMS), publicado na revista  Querubin - Ano 07, nº 13 - ISSN 1809-3264.

* A ars poética de Maria Ângela Alvim:
Primeiro poema: "Meus olhos são tela d'água"
Segundo poema: "Há uma rosa caída"
Terceiro poema: "A flor do mistério nasceu"
Quarto poema: "Cassandra"
Prosa poética: "Carta a um cortador de linho"

Concluídas as explanações, como de praxe, a reunião foi encerrada com confraternização e bate-papo regado com bom vinho.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

FORMAÇÃO EM BLOG





Manhã agitada e cheia de troca de informações e conhecimentos na Emeb Mons. Vitor Ribeiro Mazzei, no curso de Formação Continuada da Secretaria Municipal da Educação, com a turma de Atendimento Educacional Especializado - AEE, de Araçatuba/SP.

Não é a primeira vez que tenho oportunidade de trabalhar com esta turma. Já estivemos em outros momentos juntos tratando sobre leitura e literatura infantil e, com o mesmo entusiasmo e energia, discutimos situações importantes e propostas de ação ligadas ao tema.

Essa troca de experiência, dentro de uma aprendizagem colaborativa é, para mim, algo essencial no que diz respeito ao processo de ensino e aprendizagem. Não à toa teóricos e pesquisadores da espistemologia declaram ser esta forma uma das mais eficazes em educação.

Como afirmam Piaget e Ausubel, citados por Conceição Ap. Pereira Barbosa e Claudia Ap. Serrano, no artigo "O blog como ferramenta para construção do conhecimento e aprendizagem colaborativa": "... a aprendizagem é encarada como um processo de armazenamento da informação e condensação em classes mais genéricas de conhecimentos, que são incorporados a uma estrutura do cérebro do indivíduo, de forma que essa informação possa ser manipulada e utilizada no futuro por interagir com conceitos relevantes...".

O uso do blog é um instrumento que, além de estar ligado às novas linguagens dos adolescentes e jovens, forte parceiro para socialização e democratização do saber. Nesse sentido, contribui para que os vários agentes interessados na educação escolar (diretores, professores, alunos, pais e comunidade educativa em geral) possam ter acesso ao que está sendo feito nas escolas, estimulado nas salas de aula etc...

Esperamos que com mais esta formação nossos educadores tenham mais uma ferramenta para obterem êxito em sua jornada educativa.

Para mim, é sempre um prazer e um privilégio estar com este grupo, já que em cada um de nossos encontros saio revigorado e com novas experiências de uma área que ainda tem muito o que fazer e contribuir em nossa educação: inclusão educacional e social.

Antonio Luceni é professor e formador da Secretaria Municipal da Educação de Araçatuba/SP.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Não deixe o samba morrer


Antonio Luceni
aluceni@hotmail.com

Como me custou para entender isso: a vez e a voz de alguns passam por determinados contextos. Ainda bem, aprendi.
Aprendi que, por exemplo, o pobre não tem muita vez não. Lugar de pobre é na cozinha, nos bastidores, nas senzalas, nas minas e porões... “Mais lenha, precisamos de mais lenha...”, enquanto a primeira classe toma seus drinks em copos de cristal e comem suas iguarias em pratos de porcelana e talheres de prata.
Aprendi, também, que a voz de pobre só é ouvida em audiências que lhes são impostas ou mesmo como forma de delatar alguém ou o que quer que seja. Na verdade não é a “voz” o instrumento ou o sentido mais prestigiado do pobre; são as mãos. As mãos que amassam o pão, que trituram o trigo, que traçam cimento e cal para encher as colunas e as vigas dos edifícios de luxo que abrigarão privilegiados e que, se um dia ali o pobre entrar, também será para manutenção de banheiros e pias, escadas e corrimões...
O importante de tudo é continuar aprendendo, sempre, porque a vida é uma grande escola e, como disse o poeta, a beleza é ser um eterno aprendiz.
Nesta época do ano, em que todos descem para avenida sambar, o pobre tem vez, o negro tem vez, os analfabetos têm vez... As telas de tevês de todas as emissoras, abertas e pagas, dão vez para o pobre. Nelas são escutadas suas vozes, nelas estão suas crianças, mulheres, jovens e velhos, até deficientes físicos aparecem por lá...
Nesta época do ano se juntam todos, não importa a classe social, não importam quantos diplomas estão pendurados na parede, não importa se a fantasia veio de um barracão, se rodou de busão a cidade inteira, se veio das mãos de uma preta velha, não... É hora de se colocar na mesma “condição de todos, de se irmanar, de abrir os braços e festejar a alegria, a dança, as cores, as luzes, os contextos”...
Mas o problema é que chega a quarta-feira de cinzas, e todos vão cada qual para seu canto, cada qual com seu desencanto viver a vida real. A patroa agora ganha ares de esnobe e a empregada, que na noite anterior era rainha da bateria, que era aplaudida pela madame, agora põe o avental preto e branco e retorna à sua condição de serviçal, de ignota social, transparente cidadã.
Mas se a quarta-feira é de cinzas, há esperança também. Tal qual a fênix da mitologia grega, todos poderão renascer destas cinzas e, no próximo carnaval, retomar a realeza, restituir o reinado, ser aplaudido de pé de novo, nem que por alguns minutos.
O samba não pode morrer. O samba não vai morrer. O samba é uma das poucas esperanças que o pobre tem de poder brilhar, de ser prestigiado, de ser coroado rei. O samba é arte, e só quem lida com arte sabe o quanto bem ela faz.

Antonio Luceni é mestre em Letras e escritor. Membro e diretor da União Brasileira de Escritores – UBE.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

ENTRE FATOS

Antonio Luceni



Refrescada boa...

É verdade, estava muito calor mesmo. No sábado não foi tão forte, ao menos onde moro, mas no domingo valeu à pena. Ela molhou tudo direitinho, até onde sei, não causou alagamentos e, melhor, deu uma refrescada no clima. Essa nossa região é a recepção do inferno. Vai fazer calor lá na...

Não gosta de branco...

O problema é que eles chegam tarde e querem almoço ao meio dia. Assim não é possível. Aí peguei tudo, temperei com creme de cebola, coloquei para assar e... todo mundo reclamando de fome. Principalmente o Lindomar, que vive com fome. Cresceu, mas é como criança: se não estiver com a barriga cheia e dormir ao menos as oitos horas por dia, é uma reclamação só. Então, para atender aos pedidos tive que retirar as coxas de frango ainda claras. Já estava tudo cozido, mas ainda meio claras. A macarronada socorreu a urgência da fome, enquanto as coxas voltaram para o forno.

Uni, duni, tê...

Também foi dia de concurso. Um foi para o I.E. outro, para o Salesiano. Depois de algumas horas chegaram sob a chuva que retornava à cidade. Não se molharam muito, mas deu pra molhar um pouco. Aí sentaram à mesa e foram conferir as respostas. De 60, apenas 15 coincidiram. É, um dos dois vai dançar; ou os dois, já que havia cinco possibilidades de respostas. Vamos aguardar o resultado. Mas se não for este, certamente entrarão nos outros dois que estão esperando: são os próximos da lista.

Nunca quer estar...

Ele nunca quer estar com a gente. Não sei, parece que se sente mal, parece que está em lugar estranho, com pessoas estranhas também. Nem parece que ali há esposa, filhos, noras e neta. Sempre foi assim: bicho-do-mato, arisco, anti-social mesmo. Quando vai, sempre aos cantos, dormindo, dormindo e dormindo... Já disse que uma hora ele morre e a gente só vai perceber no dia seguinte, já que estamos acostumados com a sua presença, esporádica como disse, mas na maior parte do tempo dormindo.

As folhas estão secando novamente...

Quando aconteceu da primeira vez quase morri de susto. “Por que será que elas estão secando, será que está morrendo?”. Aí meu vô disse que não, que era assim mesmo. Que depois que todas caíssem, iriam brotar de novo. E não é que foi assim. Brotou tudo de novo, folhas verdinhas, verdinhas e aos montes. Encheu toda copa novamente. Mas aí caí na besteira de colocar sal grosso no tronco, porque tinha ouvido dizer que se jogar sal no tronco e bastante água as jabuticabas nascem docinhas, docinhas. Acho que foi isso. O sal penetrou no solo e fez com que as folhas murchassem e secassem de novo. Mas a boa notícia é que os galhos não estão secando. Quebrei um pra ver e continua verdinho. Agora é esperar novamente para que a mãe-natureza faça sua parte de novo. Aí prometo não mais jogar sal.

Antonio Luceni é mestre em Letras e escritor. Membro e Diretor da União Brasileira de Escritores – UBE.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

SARAU

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

SARAU CONCURSO CONTOS

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

25º CONCURSO DE CONTOS "CIDADE DE ARAÇATUBA"


25º Concurso de Contos
Antonio Luceni
O Concurso de Contos “Cidade de Araçatuba”, internacional – mundo lusófono, está em sua 25ª edição, desde o ano passado transformado em internacional. O lançamento com essa “nova cara” aconteceu na Casa das Rosas, tradicional ponto literário da cidade de São Paulo. Eu estive lá com uma série de escritores e autoridades do meio literário de Araçatuba e de nossa capital, entre os quais o prefeito Cido Sério, o presidente da UBE Joaquim Maria Botelho, o secretário de Cultura Hélio Consolaro e outros confrades e confreiras do Núcleo UBE Araçatuba e região e também companheiros da Academia Araçatubense de Letras.
Este ano o lançamento será em Araçatuba, no teatro Castro Alves, no complexo da Casa de Cultura Adelino Brandão, nesta sexta-feira, dia 10, a partir das 20h. O lançamento ocorrerá em dois momentos: no primeiro, um sarau com escritores e poetas, músicos e atores que queiram se apresentar. As inscrições devem ser feitas previamente por meio de e-mail (os interessados podem ser inscrever pelo meu). No segundo, uma peça teatral colaborativa do Grupo A Cia., de Penápolis, sob direção de Luíz Colevatti. O nome da peça é “Sônia”, baseada em obra de Nelson Rodrigues. “Sônia é menina e mulher, cômica e trágica. Ora enjoada ora delirantemente sensual, misturando memória e invenção diante da plateia. Uma personagem profundamente perturbadora”, aponta a Companhia em seu release enviado. Pede-se a doação de um livro usado ou novo para os Pontos de Leitura de Araçatuba.
Uma outra novidade que é trazida pelo Concurso de Contos “Cidade de Araçatuba” é que, a partir deste ano, os contos serão recebidos somente via e-mail, segundo o secretário de Cultura, Hélio Consolaro, para agilizar o processo e possibilitar maior participação. “E não é que acertamos na escolha? Nessa época do ano ainda não tínhamos recebido nenhuma inscrição, e com a proposta por e-mail já recebemos mais de setenta”, argumenta.
O concurso presta, ainda, homenagem à escritora e professora Lúcia Milani Piantino, integrante da União Brasileira de Escritores e da Academia Araçatubense de Letras, falecida no ano passado. Lúcia Milani foi grande entusiasta das Letras em nossa cidade e profícua produtora, com produções publicadas em jornais da região, coletâneas de livros, além de livros solos. Seu “Boinu”, romance premiado pela UBE com menção honrosa do Prêmio Graciliano Ramos, é uma excelente peça literária e que vale a pena ser lida.
Tive o privilégio de coordenar o Concurso Nacional de Contos “Cidade de Araçatuba” durante quatro anos, frente ao Departamento de Cultura. Em todo esse período ele só veio crescendo e adquirindo vigor, atraindo olhares importantes do meio literário para nossa cidade e mobilizando pessoas e escritores dos mais diversos. Temos vários ganhadores do prêmio Jabuti, entre os quais o confrade Menalton Braff, que, antes de receber o maior prêmio da literatura brasileira, lançou sorte em nosso Concurso Nacional de Contos.
Aos interessados em participar do concurso de contos, há um blog criado especialmente para divulgá-lo, com todo regulamento, informações e procedimentos de participação, a saber: http://concursodecontos.blogspot.com/. Colabore divulgando junto aos seus contatos via e-mail e redes sociais (facebook, Orkut, twitter, blogs etc.).

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A ORDEM DAS ÁRVORES

OI PESSOAL, AÍ VAI UMA DICA DE CD BEM BACANA, DE TULIPA RUIZ, "TULIPA EFÊMERA". ESPERO QUE GOSTEM.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Amor e tanto


 AMOR E TANTO! - Por Deise Machado

Queria um amor diferente...

desses que olhamos e amamos

sonhando acordado

desejando sempre tê-lo do lado



Queria uma beijo quente

um abraço sincero

um chamego pra mais tarde

noites de amor eterno



Queria ter você aqui

queria sentir sua pele

tocar sua nuca levemente

intencionando um beijo sincero



As palavras são desnecessárias

basta olhar e compreender

os muitos desejos no ar

vontade de fazer acontecer



Sua mão eu procuro

seu rosto eu vejo

seus braços, meu seguro

teu corpo, meu desejo



Mas o que afinal esperamos?

Por onde anda nossa coragem?

Sei que os empecilhos são muitos!

Mas, pra acontecer, basta vontade.



Essa vontade de viver com você

sem medos, críticas, interrogações...

jogar-me de cabeça

crer na verdade das ações



Agir é o que devemos

não recue, meu amor!

Volte pra terminar nossos olhares

volte pra ser feliz de verdade...

Volte para o que começou!



Começar uma nova vida

repleta de anseios e felicidade....

te espero na espera ansiosa

de quem anseia um amor de verdade!



Não fuja desse sentimento

a vida nos reserva tanto....

tenhamos coragem e desejo

de viver um amor e tanto!

Deise Machado é professora e Coordenadora na Secretaria Municipal da Educação de Araçatuba/SP. Colaboradora deste blog.