Minha história de leitura é muito parecida com a de milhões de brasileiros que, infelizmente, não tiveram nem terão acesso a esse universo que, em minha opinião, é dos mais significativos e importantes: o da leitura.
O primeiro livro que ganhei na minha vida foi um que descrevia o processo de fabricação de azeite de forma artesanal. Meu pai o encontrou jogado no departamento de deteriorados do Shopping Eldorado em São Paulo e o trouxe para mim. Um livrinho bobo, de um assunto desinteressante (acho que quando comecei consumir azeite de verdade já estava com os primeiros fios de barba), mas que marcou meu contato com esse objeto. Levava-o para cima e para baixo sob o braço, como um troféu.
Depois, vieram outros por intermédio da escola – bem poucos é verdade, mas que mexeram comigo de formas diferentes. Um dos que li por iniciativa própria e que até hoje nunca consegui me desligar dele foi o Pequeno Príncipe do francês Antoine de Saint-Exupéry. “O essencial é invisível aos olhos”, “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, entre outras frases e pensamentos ficaram imortalizadas na voz dessa personagem. Cada vez que releio esse livro algo novo brota dele para dialogar comigo.
Acho que me identifiquei com o menino loirinho, que sai pelo universo viajando e conhecendo os mais peculiares lugares e interessantes pessoas... Com o menino que tem uma rosa de estimação (já falei também do meu apreço por plantas, principalmente por flores!) e que sempre está aberto para o novo, para as pluralidades da vida...
Em São Paulo, no Parque do Ibirapuera, até 20 de dezembro acontece a exposição “O Pequeno Príncipe na Oca”, em comemoração ao ano da França no Brasil e em homenagem aos 66 anos da publicação da referida obra. Estive lá. Está maravilhosa. Desde a entrada os visitantes são surpreendidos com a compra do ingresso que sugere uma passagem área. Durante toda a mostra há espaços interativos em que visitantes e personagens se confundem...
Senti-me criança outra vez e, como eu, outros adultoinfantes enchiam a Oca. Autor e personagem são apresentados ao público pela a paixão que lhes é comum: viajar. E nessa viagem também somos passageiros dos dois: nas aventuras de cada um deles, na paixão que têm pelo ser humano, pelo planeta terra e tudo que nele há.
Foi muito bom ter mais esse tipo de contato com o livro. Se já o amava de paixão, agora ainda mais. Porque, como dito, o essencial é invisível aos olhos.
Antonio Luceni é mestre em Letras e escritor, membro da União Brasileira de Escritores – UBE.
O primeiro livro que ganhei na minha vida foi um que descrevia o processo de fabricação de azeite de forma artesanal. Meu pai o encontrou jogado no departamento de deteriorados do Shopping Eldorado em São Paulo e o trouxe para mim. Um livrinho bobo, de um assunto desinteressante (acho que quando comecei consumir azeite de verdade já estava com os primeiros fios de barba), mas que marcou meu contato com esse objeto. Levava-o para cima e para baixo sob o braço, como um troféu.
Depois, vieram outros por intermédio da escola – bem poucos é verdade, mas que mexeram comigo de formas diferentes. Um dos que li por iniciativa própria e que até hoje nunca consegui me desligar dele foi o Pequeno Príncipe do francês Antoine de Saint-Exupéry. “O essencial é invisível aos olhos”, “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, entre outras frases e pensamentos ficaram imortalizadas na voz dessa personagem. Cada vez que releio esse livro algo novo brota dele para dialogar comigo.
Acho que me identifiquei com o menino loirinho, que sai pelo universo viajando e conhecendo os mais peculiares lugares e interessantes pessoas... Com o menino que tem uma rosa de estimação (já falei também do meu apreço por plantas, principalmente por flores!) e que sempre está aberto para o novo, para as pluralidades da vida...
Em São Paulo, no Parque do Ibirapuera, até 20 de dezembro acontece a exposição “O Pequeno Príncipe na Oca”, em comemoração ao ano da França no Brasil e em homenagem aos 66 anos da publicação da referida obra. Estive lá. Está maravilhosa. Desde a entrada os visitantes são surpreendidos com a compra do ingresso que sugere uma passagem área. Durante toda a mostra há espaços interativos em que visitantes e personagens se confundem...
Senti-me criança outra vez e, como eu, outros adultoinfantes enchiam a Oca. Autor e personagem são apresentados ao público pela a paixão que lhes é comum: viajar. E nessa viagem também somos passageiros dos dois: nas aventuras de cada um deles, na paixão que têm pelo ser humano, pelo planeta terra e tudo que nele há.
Foi muito bom ter mais esse tipo de contato com o livro. Se já o amava de paixão, agora ainda mais. Porque, como dito, o essencial é invisível aos olhos.
Antonio Luceni é mestre em Letras e escritor, membro da União Brasileira de Escritores – UBE.