domingo, 19 de julho de 2009

NO MUNDO DA LUA




No mundo da lua...
Antonio Luceni
aluceni@hotmail.com
http://www.antonioluceni.blogspot.com/

Há quarenta anos o homem pisou à Lua... Neil Armstrong, o primeiro a viver a experiência, logo exclamou: “Um pequeno passo para um homem, mas um gigantesco salto para humanidade”.
É, em alguns aspectos ele estava certo. O querer ir além, o buscar descobrir as coisas, o investigar o que o cerca sempre estimulou o ser humano em busca do crescimento. E isso nos acompanha até hoje. Quem não ouviu (certamente ouvirá!) as perguntinhas de praxe de crianças em fase de crescimento: Paê, de onde eu vim?, Maê, por que é que acontece a noite? Vó, pra onde eu vou quando eu morrer?, e assim por diante.
Há vida além da Terra? Será que somos os únicos a habitar o universo? O amigo Gener Silva garante que não. Eu ainda não posso afirmar nada, além dos bípedes futriqueiros aqui da Terra, nunca tive contato imediato com mais ninguém.
É, estiveram por lá algum tempo, colheram material, voltaram e, dizem, ficaram um pouquinho pirados. Mas depois disso (e acho que antes também) nossa amiga Lua está cada vez mais habitada. Tem gente que, por vários motivos, é um extraterrestre.
Extraterrestres do bem: pessoas excepcionais que fazem de tudo para colaborar com seus semelhantes, que canalizam suas energias para abençoar o ser humano, contribuir para com os mais necessitados, dando comida ao faminto, vestindo o que tem frio, cobrindo o que está sob o sol ou chuva. Conheço alguns que são públicos e outros mais anônimos, no meu dia-a-dia, em gestos soltos, despretensiosos... uma vaga cedida num ônibus ou metrô lotados, dez centavos que faltam para pagar uma conta na fila de supermercado...
Extraterrestres do mal: esse povo todo aí (precisa dizer nome? Tá quase virando palavrão!) que vive sugando a gente, com suas enormes panças que não cabem nas calças, com papadas que não lhes deixam (ou porque não querem que nós os entendamos mesmo) dizer as coisas direito. Também uma gentezinha que vive de passar a perna nos outros, que não quer fazer nada, mas torce o nariz quando a gente está fazendo (você conhece alguém assim?) e por aí vai, use o espaço a seguir e acrescente um à lista.................................................................
O que quero dizer com tudo isso é que dá pra ficar sim no mundo da Lua, mas para o bem ou para o mal, como tudo na vida. E como tudo na vida também as coisas podem ser canalizadas para o lado positivo ou negativo.
Antes de conquistar Lua, Marte, Júpiter ou seja lá o que ou quem for, precisamos reconquistar nossa querida e amada Terra. Ela tá tão precisada, meu Deus! A coitada tá tão judiada, Jesus Cristo! Precisamos também de reconquistar nossos semelhantes. Parece que cada vez mais estamos nos escondendo uns dos outros ou, no máximo, nos aproximando por interesse.
No mundo da Lua ou aqui no mundo da Terra mesmo, só se for para o bem!

Antonio Luceni é professor universitário e escritor, membro da União Brasileira de Escritores – UBE.

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