segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

ENTRE FATOS

Antonio Luceni



Refrescada boa...

É verdade, estava muito calor mesmo. No sábado não foi tão forte, ao menos onde moro, mas no domingo valeu à pena. Ela molhou tudo direitinho, até onde sei, não causou alagamentos e, melhor, deu uma refrescada no clima. Essa nossa região é a recepção do inferno. Vai fazer calor lá na...

Não gosta de branco...

O problema é que eles chegam tarde e querem almoço ao meio dia. Assim não é possível. Aí peguei tudo, temperei com creme de cebola, coloquei para assar e... todo mundo reclamando de fome. Principalmente o Lindomar, que vive com fome. Cresceu, mas é como criança: se não estiver com a barriga cheia e dormir ao menos as oitos horas por dia, é uma reclamação só. Então, para atender aos pedidos tive que retirar as coxas de frango ainda claras. Já estava tudo cozido, mas ainda meio claras. A macarronada socorreu a urgência da fome, enquanto as coxas voltaram para o forno.

Uni, duni, tê...

Também foi dia de concurso. Um foi para o I.E. outro, para o Salesiano. Depois de algumas horas chegaram sob a chuva que retornava à cidade. Não se molharam muito, mas deu pra molhar um pouco. Aí sentaram à mesa e foram conferir as respostas. De 60, apenas 15 coincidiram. É, um dos dois vai dançar; ou os dois, já que havia cinco possibilidades de respostas. Vamos aguardar o resultado. Mas se não for este, certamente entrarão nos outros dois que estão esperando: são os próximos da lista.

Nunca quer estar...

Ele nunca quer estar com a gente. Não sei, parece que se sente mal, parece que está em lugar estranho, com pessoas estranhas também. Nem parece que ali há esposa, filhos, noras e neta. Sempre foi assim: bicho-do-mato, arisco, anti-social mesmo. Quando vai, sempre aos cantos, dormindo, dormindo e dormindo... Já disse que uma hora ele morre e a gente só vai perceber no dia seguinte, já que estamos acostumados com a sua presença, esporádica como disse, mas na maior parte do tempo dormindo.

As folhas estão secando novamente...

Quando aconteceu da primeira vez quase morri de susto. “Por que será que elas estão secando, será que está morrendo?”. Aí meu vô disse que não, que era assim mesmo. Que depois que todas caíssem, iriam brotar de novo. E não é que foi assim. Brotou tudo de novo, folhas verdinhas, verdinhas e aos montes. Encheu toda copa novamente. Mas aí caí na besteira de colocar sal grosso no tronco, porque tinha ouvido dizer que se jogar sal no tronco e bastante água as jabuticabas nascem docinhas, docinhas. Acho que foi isso. O sal penetrou no solo e fez com que as folhas murchassem e secassem de novo. Mas a boa notícia é que os galhos não estão secando. Quebrei um pra ver e continua verdinho. Agora é esperar novamente para que a mãe-natureza faça sua parte de novo. Aí prometo não mais jogar sal.

Antonio Luceni é mestre em Letras e escritor. Membro e Diretor da União Brasileira de Escritores – UBE.

Nenhum comentário:

Postar um comentário