domingo, 8 de agosto de 2010

Eu pratico leitura


Entre os dias 4 e 8 deste mês tivemos mais uma edição da Festa Literária Internacional de Paraty – FLIP, no Rio de Janeiro. Desde 2003, a FLIP tem recebido importantes nomes das literaturas brasileira e internacional para lançar livros, discutir ideias, propor situações diversas sobre os mais diferentes temas e interesses culturais, sociais, intelectuais e outros “ais”...
O nome já algo atraente, não é mesmo, estimado leitor? Perceber o contato com a literatura como uma “festa” – que de fato é! – traz uma série de outros pensamentos: antes da festa há que se organizar tudo: o cardápio, os convidados, o local para acomodar todo mundo, as cores, os sabores e os sons de tudo que vai estar na festa e, de forma mais objetiva, a festa, propriamente.
Ainda não tive oportunidade de participar de nenhuma edição da FLIP. Sempre que penso em estar lá, acabo envolvido com algum outro compromisso que me impede. (Coisas de escola). Fico como aquele cara ou menina que tá doido(a) pra se aproximar de uma paquera, mas só fica de longe, espiando... Uma hora o “beijo” acontece.
A partir do dia 12 e até 22 de agosto teremos a 21ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Dá uma alegria danada dizer este número, sabia? Ainda por cima sobre algo relacionado ao livro (impresso, principalmente).
Contrariando os catastrofistas e apocalípticos de plantão, o velho e gostoso livro impresso continua a fazer adeptos e a encher (do verbo fazer pensar diferente e melhor) nossos corações e mentes das mais fantásticas e inebriantes sensações... Rompendo fronteiras, quebrando tabus, intercambias culturas e pensares, propiciando encontros...
Da Bienal de São Paulo sou freguês antigo e comigo levo todos os anos amigos, alunos... Em muitos casos, pela primeira vez. E sabe o que acontece? Se encantam também. (E olhe que nem precisa de 25 de março no roteiro, hein?!).
Eu sonho (e parafraseando Mário Sérgio Cortella, não deliro) com livros invadindo as vidas das pessoas em todos os espaços por onde circulam: escolas, igrejas, praças, shoppings, centros comunitários... Eu sonho que, no lugar de uma arma ou cigarro de maconha e pedra de craque, nossas crianças e adolescentes carreguem livros sob os braços, que em cada semáforo, ao invés de pedirem esmolas, participem de campanhas voluntárias de distribuição de livros de literatura para os que ainda não tiveram acesso a eles. Eu sonho que o entusiasmo das ideias – e quantas delas estão nas páginas brancas ou coloridas de livros – possa substituir a maquinação e planejamento do mal (sequestros, assaltos, desvios de dinheiro público etc. etc. etc.).
E não só sonho, faço minha parte nas aulas que ministro, nas palestras que profiro, nos artigos que escrevo, como estou fazendo aqui. Espero, também, prezado leitor, que você pratique o verbo “ajudar alguém a se interessar por leitura”.
Caminhemos...

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