domingo, 29 de maio de 2011

NARCISOS


Antonio Luceni
aluceni@hotmail.com

Narciso, na mitologia greco-romana, era um herói de Téspias famoso pela sua beleza e orgulho. Muitas versões de seu mito perduraram por todo o mundo. Filho de Cefiso e Liríope, foi vaticinado pelo adivinho Tirésias que teria uma longa vida, desde que jamais contemplasse a própria imagem.
Por conseguinte, narcisismo tem relação direta com as ideias de Narciso, e ambos derivam da palavra grega narke, "entorpecido" de onde também vem a palavra narcótico. Desse modo, para os gregos, essa figura tipificava a vaidade e insensibilidade exageradas, já que Narciso era entorpecido pela sua própria beleza e vaidade. Típico símbolo do individualismo.
Acompanhei com reserva a última edição do Troféu Odette Costa. Ela, jornalista e colunista social das mais afinadas com o tempo, da qual tive o privilégio de publicar o último texto de sua vida, no livro Gol de Letras, certamente também teria o mesmo sentimento.
O fato é que, se prestarmos atenção, ao menos a metade dos indicados para receber o Troféu neste ano de 2011 ou é conselheiro ou tem relação direta com um dos conselheiros que indicaram os ganhadores. E alguns deles, indicados pelo segundo ano consecutivo.
Aí algumas questões são inevitáveis:
1. Araçatuba não produz cultura em suas múltiplas facetas (música, literatura, teatro, dança, pintura...) e em seus mais diversos cantos e por isso a redundância de nomes? (são mais de 180 mil pessoas, dezenas de bairros pela cidade, gente interessantíssima em faculdades, universidades, escolas, centros comunitários etc...);
2. Está havendo cuidado na busca, seleção e indicação dos nomes para o Troféu Odete Costa? Afinal, o prêmio foi instituído por lei e é de dinheiro público que sai toda premiação. Portanto, o povo deveria ser privilegiado e não uma meia dúzia de “sempre Cult”. Sempre são as mesmas personas que escrevem, que pintam, que cantam, que dançam, que interpretam em Araçatuba. (Será?);
3. Se não é ilegal, certamente imoral é que os conselheiros se autoproclamem premiados. Coisas assim não fizeram Napoleão, Hitler e alguns deputados e senadores que trocam comendas e honrarias para encherem suas paredes e prateleiras de certificados, medalhas e troféus?
4. Se é um Troféu dirigido às várias categorias culturais, por que não uma votação aberta, on line, em que os vários personagens públicos, que têm condições, estes sim, sem partidarismos, sem conchavos e questões pessoais, de indicar os nomes que verdadeiramente contribuíram para as artes e cultura da cidade no período analisado?
5. Em edições anteriores do Troféu Odette Costa foi publicada uma lista com os nomes que concorreram a cada uma das categorias deixando, assim, ao menos um parâmetro para a população e agentes culturais os critérios de escolha e tudo o mais, ainda que questionáveis. Este ano, nem isso houve. Não podemos ter parâmetro, se quer, para entender se de fato os vencedores mereceram ou não o prêmio. Evidente que todos que receberam a premiação produzem cultura, não é esta a questão. Mas, por tratar-se de uma “seleção” de nomes, por que razão os indicados não apareceram?
Poderíamos fazer inúmeras outras questões, assim como conseguiríamos citar, ainda que mentalmente e sem nenhuma análise mais profunda, (coisa que deveria ter sido feita pelo Conselho) nomes como Tito Damazo para Literatura, já que publicou, depois de anos, uma coletânea de poemas de qualidade ímpar no livro Contrabaixo ou a União Brasileira de Escritores – UBE, a maior e mais antiga instituição de escritores em atuação no Brasil e que instalou em Araçatuba o seu primeiro Núcleo; para as artes plásticas Márcia Porto, com um projeto belíssimo atrelando arte e moda; Grupo Pregadores do Riso, que fez uma turnê Brasil afora, com premiações mil, inclusive no exterior, entre outros nomes que é só parar e ver. Certamente a metade dos indicados, ou seja, conselheiros, ficariam de fora, caso tivessem bom senso, para dar vez a outros nomes.
Mas essa minha crítica é só um mexer das águas. A imagem pode até ficar difusa, entretanto os Narcisos ainda se terão como foco, isto é, continuarão a enxergar somente a si próprios.
O final, todos nós sabemos.

Antonio Luceni é mestre em Letras e escritor, Diretor da União Brasileira de Escritores – UBE.

44 comentários:

  1. São pertinentes as observações feitas por vc sobre "os narcisos"; considerando que na condição de artistas,vivem da sua imagem; porem, é preciso que entendam que no momento em que a sua condição de artista se torna maior do que a sua arte é que se cria a legião de artistas medíocres. Obrigado por colocar em evidência mais esse transtorno cultural que assola Araçatuba. Parabéns!

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  2. Como eh possivel notar, cada pessoa tem sua visao e seus proprios indicados, sej por quais imteresses forem. Narciso indicaria a si mesmo? Nao, talvez, se tivesse um superior a quem desjasse agradar.
    No entanto, o CMPCA procurou dar voz a todos os que se pronunciaram ao indicar nomes. A eleicao, democratica, foi como se dah toda eleicao. Onde estaria Dilma se a voz da minoria tivesse sido ouvida?
    Se ha grrupos excelentes que estao longe dos holofotes do CMPCA, que venham aa luz! Como saber a voz do sabiah se ele ficar de bico fechado?
    No entanto, lembrem-se os egos e os indicadores de egos: a cada ano, soh um indicado pode vencer cada categoria. Abraco Luceni, eh um prazer te-lo nas discussoes pela p. do face e no bloh, soh assim chegaremos a entendimentos de maioria e de excelencia!

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  3. ah, sorry falhas de micro teclado sem ene acentos, cedilhas etc.
    Clewerson raciocinou corretamente!

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  4. Obrigado pela participação, pessoal.

    Cecilia, para além das opiniões pessoais e sectárias, a reflexão que tento trazer como artigo é que pelo fato de o Conselho ter um ano para analisar as ações realizadas pelos agentes culturais, poderia haver também maior rigor nas indicações. Os exemplos que citei por exemplo (Tito Damazo, UBE, Márcia Porto, Pregadores do Riso) foram mais do que divulgados; incluindo vários dos conselheiros presentes a eles. Portanto, o sabiá cantou e alto, mas não foi ouvido. A tentativa também foi, com todo o respeito aos premiados, fazer pensar a relevância das indicações e, portanto, quem mereceria o prêmio.
    Temo que o Troféu Odette Costa caia na banalização a que, na minha opinião, está caminhando.

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  5. Luceni,
    Antes de tecer críticas ao CMPCA, peço-lhe que atente para alguns detalhes.
    O Prêmio Cultural Odette Costa é de iniciativa e competência da Secretaria Municipal de Cultura. E como há que se reconhecer o mérito de quem o tem, é de se frisar que o secretário Hélio Consolaro, desde que assumiu a SMC (em 2009), divide a escolha dos premiados com o Conselho, por entender que o representante de cada segmento cultural simboliza uma parcela da sociedade civil e, dessa forma, a sociedade se manifesta através dos representantes que escolheu (tal qual a Câmara dos Vereadores, sem julgar méritos ou deméritos).
    Sobre a divulgação dos indicados, isso é de competência da SMC, que detém a organização de todo o evento, ao lado do cerimonial da Câmara.
    Apenas a título de elucidá-los sobre suas reflexões, transcrevo os indicados de duas categorias - a de Artes Plásticas e a de Literatura:
    Artes Plásticas:
    HENRY MASCARÓS - pela colaboração com a vinda do Itaú Cultural; - integrou o Conselho do MAAP; - por iniciar a defesa do painel do Franco da Sermide na sede do Araçatuba Clube; - pela confecção do busto de Odette Costa, hoje na Academia Araçatubense de Letras; - idealização do concurso de escultura em homenagem ao músico Célio Novaes;
    MARCIA PORTO - pela exposição “Moda pura Arte”;
    MARGARETH MARTINS - pela criação de troféus artísticos; - integrou Conselho do MAAP
    O nome do fotógrafo Valdivo Pereira foi retirado de votação pelo próprio secretário, uma vez que a foto que justifcava sua indicação fora publicada fora do período de tempo abrangido pelo prêmio.
    Portanto, o seu questionamento é improcedente, quanto a ter sido ignorado o trabalho da artista plástica Marcia Porto. Apenas houve entendimento de que outros trabalhos se destacaram com maior veemência, digamos assim.

    Literatura:
    ANTONIO LUCENI - pela organização do 1º ENESIAR e pela implantação do núcleo da União Brasileira de Escritores em Araçatuba
    CALULA ROCHA - pelo lançamento do livro “Criaturas”
    GRUPO EXPERIMENTAL DA AAL - pelo lançamento do livro “Experimentânea 8”
    TITO DAMAZO - pelo lançamento do livro “Contrabaixo”
    VALTER ALVES - pelo lançamento do livro “Vaticano”
    Novamente, como se vê, a criação do núcleo da UBE não foi ignorada. Eu mesma, particularmente, fiz tal indicação, que foi reforçada por Wanilda Borghi (do próprio Grupo Experimental da AAL) no dia da votação.

    Portanto, não cabem ilações sobre cataclismas e/ou transtornos culturais.
    Ao contrário, como a escolha se deu através de votação secreta, com cédula individual e apuração fiscalizada pelos senhores conselheiros e pessoalmente pelo senhor secretário de Cultura, há que se respeitar a manifestação de vontade da sociedade civil, representada por seus indicados para comporem o CMPCA.
    Quanto à questão do grupo Pregadores do Riso, voltamos ao problema da interpretação de vontade pessoal e vontade coletiva.
    Os indicados pela diretoria do CMPCA foram avaliados segundo os critérios fixados pela SMC e também por um meticuloso levantamento feito junto à imprensa, visando reforçar o quesito "difusão", ou seja, divulgação da Cultura, especialmente em Araçatuba.
    Rendemos homenagens a todos os indicados, mas é preciso respeitar os vencedores e reconhece-los como merecedores do prêmio.
    Afinal, ninguém tem ego de Narciso dentro do CMPCA. E se narcisos fôssemos, nós, conselheiros, estaríamos muito mais dispostos a criar um prêmio sobre o qual tivéssemos domínio e não nos sujeitaríamos a participar de uma premiação cuja iniciativa é da SMC.
    Ao contrário, dividimos com a SMC a honra e o dever de reverenciar quem faz Cultura, através do nome de uma colunista social reconhecida nacionalmente, com isenção e justiça.
    Infelizmente, a fazer justiça nem sempre agrada aos narcisos.

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  6. Salomé,

    obrigado por sua participação na reflexão. Acredito que é por meio do debate que vamos chegando às conclusões ou, ao menos, favorecendo-as.

    Mas fica fora de contexto apresentar as indicações agora. Também não sei se de fato a vontade dos agentes culturais está representada por meio dos conselheiros, haja vista o tamanho da polêmica criada ao entorno das indicações, diga-se de passagem, por meio dos que tiveram coragem de se pronunciar, já que muitos emitem as mesmas considerações, mas oficiosamente.

    Os exemplos que dei foram somente a título de ilustrações. Há muitos outros que poderias, (conforme disse no artigo) ser citados, pesquisados, valorizados etc... pelo CMPCA.

    O fato é que, ao menos, 50% dos indicados são conselheiros e se votar em si próprios é fazer a vontade da categoria, então não sei por que não aceitar o título de Narcisos.

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  7. Quero que comentem sobre o dito Premio Odete Costa quero os elogios e os protestos de quem se sente indignado por uma menoria elitizada que vedam os olhos para os artistas que nao fazem parte do ciclo de amizade dos integrantes do "concelho de cultura"!!!pois estes mesmo concideraram um grupo que ganhou divesos premios que foi duas vezes para Portugal menos merecedor doque o grupo de teatro deixa que eu conto quero deixar claro que este grupo ao contrario doque foi dito e sim um grupo de teatro mais nao mereciam o premio deste ano!!! queria deixar claro que esta na hora destes pararem de se presentear e começar a realmente presentear quem realmente mereça isso porque falo so do teatro pois e a area que eu intendo mais ja da pra imaginar o resto ne dai entro no face book e vejo uma socialite que mal se sustentou no cargo de secretaria de cultura dizer que sim este premio e uma das coisas boas que tem na cidade tenho muita estima a Tania e ao Ed Barba mais nao quero me calar diante de pessoas que na ausencia da senssatez se esquecem da verdade apenas para florear seus proprios caminhos esperando que no ano que vem sejam a ves deles serem premiados se esquecendo da verdadeira cultura celula mater da sociedade com uma demaziada preucupaçao com o eu feliz a quaquer custo e ja me cancei de ver isso e nao despejar meu verbo mais nao tenho medo de nunca ganhar este premio o importante e que muita gente quer falar e nao tem coragem sabe to cançado de desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade deste consselho e nunca reconhecem os erros cometidos ficam se embasando nisto ou naquilo mais isso tudo nao passa de apenas floreios para esconder a falta de capacidade de esecutar os cargos que ocupam to canssado de ver isto nesta terra que tanto amo e que levo o nome pra mais de 70 municipios em 4 estados diferentes apresentando meu espetaculo de teatro

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  8. nossa essa salome é ridicula e covarde se mata quem é vc vai procurar outro passa tempo ao inves de ficar ai se desculpando e colocando palavras na boca dos outros aqui é uma critica de toda classe cultural ou vc não percebeu que todo mundo ta contra vcs sera que todos estão errados e só vcs estão certos me poupe salomé !!!!

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  9. Olá vi algumas indicações e gostaria de entender o peso do conhecimento, sobre qual carater, uma pergunta pra fazer juz ao premio, tenho que responder uma chamada quando o conselho se reune, tenho que estar em uma cadeira, tenho que enviar um informativo de toda apresentação que faço, desculpem não ter tempo para aparecer em holofotes nem cantar como Sabiá , pois ainda penso que a mão esquerda não precisa saber o que a direita faz, até pq não deve ser legal né , sempre pensei assim pq pensava que no minimo se pesquizaria sobre as realizações de cada indicado ( Isso para começar uma análise ) Ou então imagino assim:
    Bom vamos começar a votação tenho aqui o indicado numero 1
    Ceguinho- Não nunca vi
    Surdinho - Não nunca ouvi
    Mudinho - Hum Hum!
    Cadeirante ( No estrito sentido) Então tem eu , fiz isso e isso!

    Então nem vamos procurar saber nada sobre os outros todos de acordo permaneçam como estão! Aprovado!

    Só falo isso pq fui indicado mais uma vez, senão me engano sou todo ano mas não julgam coisas como:
    Um Grupo de Araçatuba a quebrar a barreira internacional com
    2 Festivais Internacionais
    3 espetáculos em solo exterior
    15 apresentações ( Exterior )
    3 Festivais Nacionais
    Melhor Espetáculo Juri Técnico
    Melhor Espetáculo Juri Popular
    Premios individuais em Festivais ( 8 premios )
    Espetáculo de Abertura do Festival de Teatro Portugues ( MASP ) São Paulo
    Apresentações em 83 cidades do Interior de São Paulo (Inclusive em Circuitos SESC )
    Issó só no Ano de 2010, Mas eu acho que isso nunca foi levado em conta e quer saber nem sera se continuar assim , pq não sou eu que vou por uma pasta embaixo do braço e me sentar em uma cadeira do conselho e pedir para votarem em mim!
    Ainda penso que devem pensar melhor a forma de analizarem a continuar assim por favor não me incluam não quero ser analizado, por algo que não considero justo! Muito menos Competente, pois a mim ficou parecendo que minhas conquistas não foram mais importantes do que ser um burocrata politico cultural, e isso é tudo oque a cultura não precisa!

    Ah e vamos continuar trabalhando e crescendo esqueci de mencionar tbem que fomos premiados com o PROAC ICMS em 2010 para realizarmos este ano 108 apresentações em 40 cidades do Interior de São Paulo mas isso é irrelevante pro Conselho né!
    E pro ano que vem estamos quase fechando outras 260 das quais terei vaga para 20 espetáculos de Musica , 20 de Dança , alem de 20 Oficinas de Produção Cultural ( De Verdade )20 de Circo , 20 de Dança , 20 de Musica e 20 de Teatro alem de contratação de um Artista Plástico para 20 trabalhos em 20 cidades diferentes ( Tou na captação de curriculos interessados em trabalhar me procurem detalhe vão trabalhar muito mas não concorrerão ao Odete Costa )

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  10. Ah Desculpa esqueci de dizer tbem que quanto a difusão de cultura só em Araçatuba Realizamos várias ações muitas em eventos socias que mais uma vez não cabe nos auto confetar rsrsr , participamos de eventos como a Semana da Literatura, Dia Mundial do Teatro, Aniversário de Araçatuba, Mas eu prometo que paro de querer confete e me mudo de cidade Tenho um terreno na Beira do Tiete e vou falar que sou de Aracanguá kkkkk!

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  11. Flávio, em nenhum momento o grupo Pregadores do Riso foi menosprezado. O trabalho do grupo foi muito elogiado, para sua informação.
    Rafael, antes de atacar a quem quer que seja, procure ao menos respeitar a Língua. Afinal, o teatro requer respeito à Língua - ainda que o MEC tente assasina-la oficialmente.
    A questão TEATRO foi debatida, sim. Mas fora do seu contexto, de maneira até mesmo anti-ética. Vale lembrar que a cadeira do Teatro está vaga, pois há meses seu representante deixou de comparecer às reuniões, sem justificativa, o que infringiu o Regimento Interno. Oficiada, a ASSOCIATA não apenas não indicou novo representante como o conselheiro suplente jamais compareceu às reuniões - mesmo sendo convocado via e-mail, como todos os demais.
    Portanto, os defensores deste ou daquele grupo, se foram alijados de qualquer discussão, o foram por omissão pura e simples da própria associação que os representam. Não cabe, portanto, acusar o CMPCA disso ou daquilo.
    Luceni, respeito a sua idéia de uma votação on line e tal possibilidade chegou a ser cogitada - e não apenas neste ano. No entanto, por haver muitas falhas em mecanismos de votação online, ficaria inviável apurar-se a veracidade dos votos. Sempre é possível uma pessoa votar mais de uma vez, com IPs diferentes, o que equivaleria a fraudar a votação.
    Além do mais, aos menos informados é sempre bom lembrar que qualquer pessoa pode candidatar-se a ser conselheiro, por uma das cadeiras previstas em lei. Foi assim que todos entraram para o CMPCA: pela porta da frente, através das categorias que representam.
    Se uma categoria está desorganizada ou desorganizou-se durante o mandato desta formação, não cabe responsabilidade ao CMPCA.
    Tudo ali é amplamente discutido. E todas as reuniões são públicas, aberta a quem quiser participar das discussões. Apenas o direito de voto é restrito aos conselheiros.
    E, Rafael, quanto a ser ridícula ou matar-me, não é a sua opinião que me convencerá a deixar de fazer o que faço. Enquanto você vocifera e desrespeita um prêmio que "intende", o Teatro continua sem voz dentro do Conselho.
    Quem sabe se você buscar informar-se mais e melhor sobre o que é o CMPCA, o que faz, seus deveres e o que fez ao longo dos últimos 2 anos, você consiga entender de verdade o que é fazer e pensar a Cultura da cidade.
    Luceni, os seus questionamentos são oriundos de um equívoco na organização das indicações e acho sua crítica válida. Mas não era papel do CMPCA decidir se a lista dos indicados seria divulgada ou não, até mesmo porque houve o entendimento de que indicações de última hora seriam aceitas, para que não se cometesse injustiça de se inserir para votação quem quer que fosse ou que espetáculo/manifestação fosse.
    Sugiro que se continue a discussão sobre meios de aprimorar indicação e escolha dos premiados, mas sem jamais desmerecer e/ou desrespeitar os que já foram premiados.
    Flávio, pense em como melhorar o funcionamento da ASSOCIATA, que é a entidade que, por lei, responde pela cadeira de Teatro. Se a representatividade da classe for forte, melhor para ela, melhor para o CMPCA, melhor para a Cultura da cidade.

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  12. Apenas uma ressalva: quando me referi à questão do Teatro e ao fato de ela ter sido debatida fora dos padrões éticos, quis dizer que as argumentações contra a indicação e premiação do grupo Deixa Que Eu Conto foram refutadas durante exaustiva discussão dentro do CMPCA.
    A contrariedade de alguns, em aceitar que o grupo desenvolve atividade teatral, gerou uma discussão que só desmerece a classe que se dedica a esta Arte, pois denota rigidez de pensamento, interpretação arcaica da própria Arte e, sob certos aspectos, presunção. O que é lamentável.

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  13. Salomé,

    mais uma vez, respeito o que você diz, apesar de não concordar com a maior parte.
    Não entendo que conselheiro possam votar entre si. Você comparou os conselheiros a vereadores, como estes sendo representando do povo, mas um vereador não pode votar em causa próprio nem para fins particulares, o que aconteceu no Conselho. É só ver a lista. Incluindo você.

    O Presidente do Conselho, Henri Mascarós, salvo engano, já foi premiado com o Odette Costa no ano passado e neste ano.

    Além de outros tantos, os 50% a que me referi, que também fazem parte do Conselho ou que tem ligação direta com algum membro dele.

    Não tenho nada de pessoal contra quem quer que seja, mas que a situação é incoerente, isso é inegável.

    Ao invés de, na minha opinião, você ficar buscando da burocracia ou mesmo de argumentos menores para tentar justificar o injustificável, seria mais coerente assumir as falhas do Conselho e mesmo da Secretaria da Cultura, apontadas por você mesma.

    Não é questão de ignorar os premiados. Isso já está consumado e ponto. Mas não queira calar a voz dos que ainda conseguem, com coragem, dizer o que pensam. Afinal, estamos numa democracia.

    E insisto: a vontade da classe cultural de Araçatuba não foi e não está expressa no Conselho. Como muito bem foi dito, a conotação que ficou desta edição do prêmio foi de uma espécie de "amigo secreto", em que os conselheiros trocaram "presentes" entre si.

    É o meu receio da banalização do prêmio.

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  14. Acho que cabe uma pergunta às suas afirmações, Luceni. Por acaso o fato de ser conselheiro faz com que o artista e/ou agente cultural deixe de ser artista e/ou agente cultural?
    O fato de integrar o CMPCA não diminui o artista, seu talento ou seu trabalho. Ao contrário!
    Toma-lhe tempo, aumenta-lhe a responsabilidade.
    Coloque-se como indicado para a cadeira de mídias livres, por exemplo. Por acaso isso diminuiria seus méritos como escritor que utiliza a internet (entre outros meios) para divulgar sua obra?
    E se você fosse indicado por outras pessoas que não por si mesmo?
    Isso diminuiria seus méritos e/ou invalidaria a sua indicação?
    A Marcia Porto, se fosse conselheira, não poderia ser indicada?
    Se o Flávio Estevão fosse o representante do Teatro, não poderia ser indicado?
    Em que o fato de o trabalho de artistas e/ou conselheiros ser reconhecido?
    As indicações foram feitas pela SMC e pelo CMPCA. E da parte do CMPCA, posso garantir-lhe que não houve corporativismo ou a pretensão de premiar conselheiros.
    Buscou-se, sim, valorizar o trabalho dos artistas e o engajamento de todos eles na produção, difusão e formação cultural, entre outros aspectos.
    Quanto a minha indicação, posso garantir-lhe que não a pedi. No ano passado, por exemplo, ela partiu da própria SMC. Este ano, não sei dizer de quem partiu, por não me dar ao trabalho de saber quem gosta ou quem não gosta do que faço.
    Apenas lhe digo que muito trabalhei para que algo mude na Cultura de Araçatuba. E sei o preço que pago por isso há um bom tempo.
    Não questiono se algum indicado é conselheiro ou não. Apenas questiono a contribuição que cada um deu para o resgate e evolução da Cultura em Araçatuba.
    Foi assim que votamos. Quem dera pudesse haver um troféu para cada indicado!
    Assim, todos os egos seriam contemplados.
    Quanto às falhas da SMC, não as posso assumir, pois não tenho qualquer vínculo com aquele órgão. Cobre-as de quem de direito.
    Da parte do CMPCA posso lhe garantir que tudo foi feito com a maior lisura possível (e exigida).

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  15. Olá Salomé , então não estou entrando em discussão quanto a ser ou não ser um Grupo de Teatro até porque para algumas pessoas o fato de eu trabalhar com o arquétipo palhaço, não é considerado Teatro tambem ( Vai entender, inclusive ja ouvi em Festivais de Teatro que era uma covardia nós concorrermos com atores , porque nossos palhaços não interpretam elas ja "são" ) . Eu acho até que deviam buscar os artistas que estão dentro das igrejas ,escolas, mas procurar... Musicos, Bailarinos , Grupos de Teatro todos são Artistas independente de DRT, OMB, PQP ou qualquer outra sigla, só o que eu e muita gente gostaria é de justiça, mas eu sou desencanado , como disse ja sentei com o pessoal do Deixa que eu Conto , parabenizei, dei risadas deste e de outros Odetes, Enfim e quanto a Associata não sei se voce sabe mas nosso grupo tambem foi responsável direto pela sua criação bem como o Festara, me afastei porque a pópria classe me disse que eu viajava muito com o teatro e trabalhava demais eles queriam alguem que fosse mais parado na cidade, então ta ai , Hoje só trabalho com outros grupos como produtor contratante , é fácil querer se aproveitar de algo que ja esta pronto mas o pulo do gato não ensinamos! Então cargos a mim não é interessante, se for o caso um dia me candidato a Vereador e ai sim faço politica cultural na cidade!
    E Pergunto?
    Nossas realizações então tem que ser feitas de que maneira para ter valor para o conselho! Pois do jeito que trabalhamos e conquistamos tem medida e peso diferente!
    Qual peso Vale Mais?

    Éssa é minha indignação

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  16. Mais uma diferente de muitos , não me refiro só a esse Odete não mas até a outros anteriores, visto que quase sempre ( Gostaria que assim não fosse ) Nós sejamos um Grupo potencialmente mais ativos do que qualquer outro da cidade,Tanto em apresentações quanto em conquistas , só o que não fazemos é ser membro, ou participar do circulo social do conselho !

    Aff Deixa eu Trabalhar que daqui a pouco tou saindo amanhã pela manhã estou na Secretaria do Estado de Cultura em São Paulo protocolando mais um projeto que não merecerá premio, mas que vai me levar a muitos lugares e novas conquistas!

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  17. Flávio,
    não tenho resposta para a sua pergunta, por que o conselho é plural. Em outras palavras: cada cabeça, uma sentença. Sei do meu voto, apenas. E prefiro mantê-lo secreto.
    Mas acredito piamente que cada conselheiro vota de acordo com seu entendimento.
    Talvez seu grupo não tenha tido a divulgação merecida e isso tenha influenciado.
    Aliás, quem apresentou a indicação de seu grupo, deveria ter detalhado amplamente a repercurssão do trabalho e não o fez.
    Também ignorou quem fez a indicação e, por isso, lamento imensamente (diante de tudo o que você apresentou nesta dicussão).
    Agora... interessante o critério utilizado pela ASSOCIATA para indicar um representante do teatro... Quer dizer que quem trabalha não pode ser conselheiro? E se existe suplente, ele não pode comparecer, quando o titular não estiver na cidade?
    Quem é participativo nessa entidade, então????
    Isso me assusta... Se quem trabalha não pode ser conselheiro e defender a categoria que representa, quem o fará com conhecimento de causa e responsabilidade???

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  18. Ops!
    Perdoem o erro de digitação.
    Onde está repercurssão, por favor entendam repercussão!!!

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  19. Flávio,
    circulo social do Conselho?
    A que círculo social você se refere?
    Afinal, o CMPCA é plural, como já disse...
    São cerca de 40 cadeiras - portanto, múltiplos círculos sociais, culturais, etc e tal.
    Não é argumento que justifique a indignação.
    Talvez você devesse cobrar melhor forma de indicação. Aí poderíamos conversar de forma construtiva.

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  20. Mais uma vez, Salomé. Acho que você tenta desviar o foco da discussão a partir de pormenores que, de fato, não nos interessam.

    Na prática, o que disse a respeito dos Conselheiros receberem o prêmio não é porque não mereçam, mas por não ser adequado. Sobretudo repetindo indicações anos após anos.

    Será que somente os mesmos são merecedores dos prêmios? Não há mais gente que deva ser prestigiada? Recorra às listas dos ganhadores do troféu desde sua existência, veja as discrepâncias das últimas edições... São fatos, não ilações.

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  21. O mais estranho na sua argumentação, Luceni, é que muitos nomes indicados para o prêmio em 2011 - como os citados por você, Tito Damazo e Marcia Porto - já foram contemplados com o troféu.
    A indicação deles é válida?
    Qual a diferença? Por serem indicações em anos seguidos?
    Ou é a repetição da indicação (sem importar a sequencia temporal) que incomoda?
    A mim, pessoalmente, incomoda muito mais a criação de uma categoria para a "auto-premiação", como aconteceu em passado recente.

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  22. texto publicado em 2 partes pois a indignação é tanta que não deu pra falar pouco
    de uma olhada no Email recebido pela secretaria de cultura. Leia com atenção e verá que a secretaria diz que a seleção foi seguida por critérios adotados pelo conselho municipal de cultura, engraçado né que este mesmo foi 50% do premiados
    No dia 15 de abril recebi um e-mail no qual acredito que muitos receberão do Alexandre Melinsk antigo representante da cadeira de teatro no conselho e Tb representante da secretaria onde demonstra toda uma indignação, bom não concordo com o fato do grupo deixa que eu conto não ser teatro pelo contrario como já disse varias vezes eu admiro muito o trabalho deles mas, não pude deixar de notar nos seus relatos que os responsáveis são mais uma vez o conselho municipal de cultura pela premiação ou seja por esse “amigo secreto” o conselho reprogramou as indicações e os presentearam e fica assim uma pergunta se a forma de seleção é a descrita abaixo questiono?
    Se o conselho definiu quais seria os critérios por que não usar-los?
    Isso não faria com que alguns premiados nem entrassem em indicações?
    Acredito que o conselho em meio ao seu ego se perdeu e ainda nos questiona o porque a cadeira na área de teatro está vaga ? Senhora Salomé nem eu nem parte dos artistas aos quais eu admiro teria coragem a se juntar a esse grupo tão equivocado e que pouco fazem pela verdadeira cultura de nossa cidade a maior parte de vcs são muito mais políticos do que artistas e quando digo isso a senhora é a primeira da lista, o premio que mais questiono é o seu e se tivesse caráter no momento em que foi indicada teria questionado e explicado que não pode ser considerada personalidade da vida cultural em meios a tantas personalidades reais a sua volta, e que de fato você seria uma personalidade da vida política. vejo poucos fatos a seu respeito e se não fosse o conselho mal saberíamos que vc é. vc se apegou a uma cadeira e tomou posse como se fosse senhoria respondendo a todos os comentários como se fossem feito a senhora, pois me indigno com esse feito e mais uma vez mostra como o seu narcisismo esta a flor da pele deve ser mesmo difícil quando artistas que realmente sobrevivem de arte falam e tirão a credibilidade de uma das poucas coisas que nos mantém artistas .e sim acho que o que a classe está tentando dizer é que vcs ainda pertencentes do CMDC são os responsáveis pela banalização de um premio que poderia sim ser de grande importância para a cidade de Araçatuba, sabe gostaria sim de ter o mesmo de desapego que meu amigo Flavio tem por Araçatuba e em momentos como esse sinto vergonha de mim por pertencer a uma classe muda que não tem coragem de realmente enfrentar essa realidade que é a de que a cada ano que passa Araçatuba fica mais para trás esse ano deixei de levar o meu espetáculo para uma media de 10 cidades que costumo ir tendo que agendar outras pelo fato de que estavam em reforma o q engraçado de tudo isso é que eles já tinha um teatro de qualidade e que apenas estavam melhorando mas algumas já até terminarão mas Araçatuba ainda esta aguardando ansiosa por um espaço decente e se não mostro o meu trabalho na minha cidade como vcs esperam muito dos motivos é esse ,não espero migalhas de uma estrutura falida faço o meu trabalho.

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  23. E se estou mostrando minha indignação agora é por que estou realmente indignada espero que em algum momento vc note que esse premio que vc defende tanto não foi mais do que uma premiação barata de pessoas que precisam dele para se mostrar ainda artistas. Gostaria de resaltar antes que ponham palavras na minha boca que não falo em geral pois existem prêmios que não tenho a menor aptidão para julgar mas falo sim de um órgão responsável por essa bagunça que virou o premio Odette Costa .
    “A forma de seleção foi seguida por critérios adotados pela CMPCA, que levou em consideração as ações realizadas entre maio de 2010 e abril de 2011, como a presença e produção artística em Araçatuba. Os indicados também deveriam estar inseridos em pelo menos umas das diretrizes seguintes: Formação, que visa avaliar o ser humano pela e para a arte; Fomento: visa definir formas de se captar recursos para a execução de projetos e ações; Produção: visa levantar formas de melhor exibir e/ou executar as atividades artísticas; Difusão: visa estabelecer as melhores formas de divulgação; Circulação: visa definir modos de promoção da circulação de atividades culturais e Preservação que visa promover a preservação de quaisquer bens públicos de cultura.”
    Texto recebido pela secretaria de cultura na quarta dia 25 de Maio de 2011

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  24. Rafael, o socialite fica por sua conta. Quanto a ser secretaria q mal se sustentou no cargo, pergunte ao senhor Luceni a razao. Se ele for verdadeiro dir-lhe-a cada uma delas. E entao vc, Rafael, tera orgulho de ter tido uma mulher como eu na Secretaria de Cultura e Turismo, q saiu para nao abastardar-se em troca de um salario ganho as custas do povo!
    Abraco, guri!

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  25. Mais um detalhe, embora seja a indicada da litertura para ocupar cadeira no CMPCA, nao participei da votacao. Mas nesses anos de pertencimento aa cultura desta cidade jamais vi niguem trabalhar como Salome, e receber nada, em retorno, como Salome!

    Ja vc, Rafael, nos nos conhecemos de onde?

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  26. Antonio, se a vontade da classe cultural nao foi expressa no conselho, isso significa que cada classe cltural escolheu mal o seu prprio conselheiro, ou se cada classe confia no seu conselheiro, significa que a maioria dos conselheiros escolheu o que uma minoria acha que foi escolha errada. Na verdade, gosto demais de Alexandre Melinsky, parece que essa confusao envolve grpo dele, se nao me engano (nao acompanhei as ultimas reunioes, estou afastada do Cmpca por questoes de saude)., enfim, o q quero dizer eh q as queixas veem todas da area teatral, e o grupo q mais se sentiu injusticado foi o dele. Justamente o grupo q nao conseguiu encontrar um representante presente. Talvez essa cisao dentro do prprio segmento seja a razao maior do descontentamento, que nao meparece generalizado. Cultura nao eh soh ser um bom artista, mas trabalhar pelo segmento como um todo. E esses conselheiros ( soh sou conselheira ha alguns meses) trabalham com e para a Cultura ( como tb Melinsky - q se tivesse ganho estariamos agora ouvindo falar q o gov premia a si mesmo alem de mandar seus funcionarios pra Portugal - coisa contra a qual eu me indignaria, como estou indignada agora com a falta de reconhecimento da classe cultural pelo pouco de bom q nela acontece! abraco,

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  27. qdo disse "justamente o grupo q nao conseguiu encontrar um representante" nao me referi ao grpo de Alexandre Melinski, mas ao grupo teatral como um todo.
    Nao posso compreender como um simples elogio a uma premiacao possa ter feito verter tanta raiva contida.
    Luceni tem razao... Eh muito narcisismo pra esta pobre admiradora do segmento cultural...

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  28. Luana,
    1) Os critérios para as indicações foram fixados pela SMC, em reunião a que estavam presentes o presidente e o vice-presidente do CMPCA, e o secretário de Cultura, Hélio Consolaro; o diretor de Cultura, Alexandre Melinsky, e Vanessa Manarelli. Segundo me consta, foram sugeridos pelo próprio Melinsky (louvável iniciativa).
    2) O CMPCA adotou os parâmetros por entender que o papel de fixá-los era da SMC (detentora e autora da homenagem, por lei) e fez suas indicações dentro do que fora fixado pela SMC (desculpe pela redundância, mas ela é feita em nome da clareza para pleno entendimento) e com base em levantamento de material publicado na imprensa local. Portanto, o conceito de difusão/divulgação foi praticado em base concreta.
    3) As indicações foram discutidas e, em sua maioria, feita pela própria SMC (lembre-se, ainda uma vez, de que o prêmio é oferecido pela própria Secretaria)
    4) A escolha dos vencedores foi feita pelo CMPCA a pedido da SMC, que delegou aos conselheiros a escolha dos premiados, a partir da lista previamente estabelecida, acrescidos apenas alguns poucos nomes, aprovados em plenária, com a participação de representantes da SMC (estavam presentes Hélio Consolaro, Vanessa Manarelli e Simone Leite);
    5) A votação se deu através de cédula individual, de forma secreta, com apuração imediata e fiscalizada (pelo próprio secretário, é de se frisar mais uma vez).
    Portanto, que as Erínias se aquietem e não definam como "barata" uma premiação feita com responsabilidade e segundo os critérios definidos pela outorgante do prêmio.
    Se a SMC decidiu pela democratização da escolha dos vencedores, não a reduzindo a meia dúzia de votantes, mérito da Secretaria.
    Houvesse corporativismo e certamente outros tantos nomes de conselheiros estariam inseridos no rol dos premiados. Porque, na realidade, conselheiro não é remunerado. Abre mão de seu tempo, de seu trabalho, até mesmo paga para exercer o mandato dentro do CMPCA. E não deixa, em momento algum, de ser artista e/ou agente cultural.
    Não há, portanto, qualquer tipo de corporativismo e/ou protecionismo. Não há egolatria de quem integra o CMPCA. Há, ao contrário, críticas talvez até mais ácidas.
    O que se vê, nesta grita infundada, é o gralhar de quem pode ter sido preterido por uma razão ou por outra. Talvez fosse o caso de se ouvir o silêncio e, em seguida, a voz suave da razão, mostrando o que realmente houve.
    Do contrário, mitologicamente falando, Caronte continuará a conduzir a barca da Cultura rumo aos confins da casa de Hades.
    Esperemos que o futuro breve indique os novos rumos que estão sendo traçados e construídos, tijolo a tijolo, pelo CMPCA.
    Talvez, então, as Erínias possam deixar de ouvir apenas suas próprias vozes e escutar o que o futuro nos reserva.
    Até lá, esse grasnar amalucado conduzirá apenas à discórdia descabida, ao questionamento infundado e ao orgulho ferido.
    Pena... Só me resta lamentar a cegueira de quem busca o olho alheio para tentar localizar o espelho.
    Bom descanso a todos, caso o inconformismo ainda permite o sono tranquilo.
    O meu, posso garantir-lhes, é tranquilo - daqueles que têm a consciência do dever cumprido com ética, honestidade e com empenho de toda a alma em busca de um ideal (que pode muito bem não ser o seu).
    Boa noite a todos.

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  29. Dirijo-me a todos:

    Conforme afirmei antes, é a partir dos debates das ideias, que é o que percebo aqui, é que vamos dissipando a fumaça, tirando as máscaras e colocando tudo sobre a mesa. Não vejo nada de ruim nisso. Pelo contrário: é o exercício pleno da cidadania. E isso não deveria ser traduzido como algo ruim, sobretudo, como afirmado por um dos debatedores, porque é plural. E plural é assim mesmo: diferente, dissoante, discordante...

    Dirijo-me à Cecilia:
    Com relação ao seu tempo como Secretária, Cecilia, o que poderia dizer? No espaço de tempo que a acompanhei vi uma pessoa empenhada e dedicada, mas que também estava um pouco perdida. Talvez porque pela primeira vez exercia um ofício, que se relacionava com tantas pessoas ao mesmo tempo... Mas o motivo de sua saída todos souberam e você mesma já poderia ter dito: desacordo com a vereadora que a indicou.
    Quanto a classe cultural escolher mal seus representantes, isso é no mínimo questionável, Cecilia. No caso da Literatura, quem está nos representando. Você disse que está, mas que não foi. Não sei quantos estão ali no Conselho e conseguem absorver um livro como o de Tito Damazo, por exemplo; Não sei quantos estão ali no Conselho e dão conta de perceber toda contemporaneidade de Márcia Porto; Não sei quantos estão no Conselho e conseguiram perceber a importância da presença da União Brasileira de Escritores em nossas terras, junto com seu presidente e secretário de integração nacional. Você sabe, porque tentou trazê-los no começo de sua gestão como secretária e não deu certo.
    Então,fica essa questão: a idoneidade de represetnação, as condições formais e técnicas para elas aconterem... Por mais que a Salomé queira empurrar goela abaixo que "temos que nos calar e aceitar o que foi feito", não é assim que acontece. Se o prêmio já foi concedido, como disse, isso é fato. Mas não significa dizer que foi feito da maneira adequada;
    Com relação a ser somente um desconforto da área teatral, Cecilia, isso também não é verdade. É que eles têm coragem de dizer o que estão pensando, enquanto muitos da literatura, por exemplo, incluindo do grupo experimental, saem dizendo pelos cantos. Só para mim recebi três queixas de membros do Grupo Experimental. Mas têm medo de retaliação, de serem tolhidos no grupo pelos seus "mentores".
    Também ouço reclamação de artistas plásticos. Mas não têm coragem de formalizar isso, de colocar suas opiniões. E assim caminha a cultura em Araçatuba, fragilizada.

    (continua)

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  30. Dirijo-me à Salomé:
    Não fique usando de prolixidade para impressionar o leitor. O substrato do que diz só reitera o que chamei de narcisismo. Quando cito os nomes de alguns artistas e grupos como exemplo, e você é inteligente para saber disso e não desviar o foco do debate, é no intuito de fazer um parâmetro com o nome "vencedor" e seu trabalho e o nome "perdedor" e seu trabalho. Aí, quem está de fora ou não tem opinião formada, pode dizer: "nossa fulano perdeu pra beltrano?", e conhecendo o nível de trabalho do "perdedor" vai ficar tão chocado quanto nós que temos coragem de dizer isso tudo.
    Mas penso que não deveria haver "repeteco" de premiados. Justamente porque entendo que há muito trabalho de qualidade e muito agente cultural trabalhando pacas na cidade e que não é visto pelo conselho. Que repito: tem um ano pra fazer a análise dos premiados e faz o que faz.

    Volto-me a todos novamente:
    Uma cidade só é para TODOS e a cultura de uma cidade só é vista por TODOS quando TODOS buscam um bem comum: A CULTURA DE TODOS e não somente de meia dúzia de iluminados que já estão com suas imagens cansadas e desgastadas nas filmagens da Câmara, nas colunas sociais da Folha de do Liberal, na Praça João Pessoa, nos folderes e banners institucionais da prefeitura... E por quê? Por que somente eles fazem a cultura da cidade? Não. Porque eles detêm o poder e não querem soltá-lo a qualquer custo. Mas também como dito antes: uma nova história se anuncia na vida cultural em nossa cidade. E é preciso que tenhamos coragem e dizer o que pensamos. Enquanto ficarmos acoados, submetidos a quereres mil de gente que só está impedindo Araçatuba de respirar, enquanto ficarmos paralisamos por acharmos que não iremos ganhar "esse ou aquele biscoitinho da consolação", o círculo vicioso continuará.

    PARABÉNS AOS QUE AQUI ESTÃO TENDO CORAGEM DE MOSTRAR SUAS OPINIÕES, MESMO INDO CONTRA A OLIGARQUIAS CENTENÁRIAS CULTURAIS EM NOSSA CIDADE, MESMO INDO CONTRA OS TITÃS, "BALUARTES" DA CULTURA MUNICIPAL.

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  31. Luceni,
    prolixidade pode ser qualidade ou defeito - depende apenas do ângulo de visão.
    A multiplicidade dos pontos de vista é que constrói a multiplicidade cultural.
    Quanto ao direito de discordar de uma premiação, ele existe, pertence a cada um e o respeito.
    O que exijo é respeito, pois a recíproca deve quase sempre ser verdadeira.
    Acusar o CMPCA de compadrio e/ou corporativismo é insensato e demonstra a clara ignorância dos fatos culturais havidos ao longo dos últimos 2 anos.
    Baluartes da Cultura araçatubense existem e devem ser respeitados, pela história que corregam e pela contribuiram dada - de alguma forma, em algum segmento, em bons ou maus momentos.
    Reclamar para si tal condição é pretensão e criticar não ser reconhecido é egocentrismo.
    Portanto, caro professor, é preciso moderação em qualquer análise.
    Indignação por isso ou por aquilo, é válida. Ataque gratuito à integridade de quem adotou postura em desacordo com a vontade individual, é covardia.
    As Erínias gralham à vontade. Satisfazê-las ou não vai da consciência de cada um. E saber quem são e/ou que fazem, vai da curiosidade de cada um.
    Só não admito, na condição de conselheira, ver um trabalho honesto, custoso (em muitos aspectos), ser condenado por pura ignorância.
    Quem quiser conhecer de perto o trabalho do CMPCA, que se habilite a acompanhá-lo.
    Não é um "conselhinho do cafezinho e pão de queijo", como foi um dia. É um conselho sério, onde se discute com democracia e independência, o que se julga ser melhor para a Cultura da cidade.
    Um conselho municipal merece respeito. Sejam quais forem os indicados para compo-lo. Desde que trabalhe e mostre resultados para a cidade, merece respeito. E isso as Erínias estão devendo.
    Quem quer mudanças, trabalha por elas. E não espera reconhecimento pura e simplesmente.
    Que faz esperando por este ou aquele prêmio e/ou homenagem, no mínimo o faz em causa própria.
    Aliás, em causa própria é tudo o que não fiz, como você insinuou. Não me beneficio sob qualquer aspecto do trabalho que desenvolvo no CMPCA.
    Portanto, enveredar por este caminho é insosso, dará em nada.
    Melhor seria se sugestões efetivas fossem apresentadas para aprimorar o método de indicação.
    Se questionamentos devem ser feitos, que sejam endereçados aos grandes responsáveis pelo Prêmio Cultural Odette Costa, que são os membros da SMC.
    Aliás, creio tudo isso se deve justamente por que alguns ambicionam estar ali, na SMC, e não no CMPCA.
    Talvez seja o caso de uma confusão de siglas e atribuições...
    Bom dia a todos e até qualquer outra oportunidade.

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  32. Cara Salomé, contem-se as linhas de cada um dos comentários postados aqui e certamente as Erínias serão identificadas sem dificuldade.

    Não há confusão de siglas, o que há é a promiscuidade delas.

    E se a classe cultural de Araçatuba, ou parte dela, não reconhece no CMPCA um representante, se não legítimo, mas de fato, também não é você "gralhando" (sic) ou reclamando (sob os dois aspectos da palavra) que irá mudar isso.

    Os que não falam contra o Conselho ou é porque não se sentem à vontade ou inibidos em fazê-lo (veja como são tratados aqui os que se pronunciaram) ou porque, de algum modo, são beneficiados por ele.

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  33. Pelo visto, Prof. Antonio Luceni, as Erínias o incomodaram.
    Tanto quanto refutar ataques ao CMPCA.
    Aliás, eu adoraria que aqueles que hoje atacam o CMPCA e seus integrantes, tivessem a coragem de acompanhar o trabalho dos conselheiros ao menos por uma vez, para ter noção do que é feito, como é feito e do empenho de cada.
    Atacar (erinicamente) o Conselho por não ter sido contemplado em uma premiação é o caminho mais curto - seja para quem seja.
    Prolixidade, como já disse, pode ser defeito ou qualidade mas não é sinônimo de cinismo ou desfaçatez (pelo menos, sem falsa modéstia, em mim).
    Portanto, contem-se as linhas e somem-se as verdades.
    Sob todas as óticas e sob a égide da ética!
    Boa tarde e bom trabalho a todos!

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  34. Perceba Luceni, que qualquer coisa que se fale nao será, em hipótese alguma, entendida como alerta pq a interpretação dos envolvidos (ou parte deles)esteve e está ainda sempre plena de melindres; não ha interesse em identificar ao longo do seu discurso o alerta simples e claro para que a partir de agora comecem a prestar atenção na forma de votação afim de que futuramente não caia em descrédito o prêmio Odette Costa numa prática parecida com as trocas de presentes.
    Um pouco de bom senso e boa vontade teria resolvido o problema; qualquer pessoa isenta de culpa e comprometida com a seriedade da cultura e com o respeito às opiniões, mesmo contrárias,teria entendido o seu apelo e cuidaria, com carinho, para que td fosse resolvido da melhor forma.
    Considerando o que disse Cecilia Ferreira num lugar onde o "pouco de bom" acontece, ter uma pessoa questionando, criticando, alertando, enfim...é gente demais, logo,é preciso que seja abandonada essa postura na qual alguns membros sentem-se pessoalmente ofendidos para dar lugar ao entendimento e aceitação às críticas como sendo mais uma forma de aprimorar o trabalho exercido pelo CMPCA; da forma como está, onde toda e qualquer observação cai como uma bomba e é sempre analisada com resistência, nos faz pensar que a cultura não está sendo tratada com a seriedade que deveria e que só tem valor o que vem como elogio; é preciso mudar essa imagem urgentemente pq a coisa está ficando deprimente...

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  35. E como aqui é lugar de artista se expressar livremente (graças a Deus!) permita-me também, mudar o foco: Um brinde ao Tito Damazo, Calula Rocha e Valter Alves, saúde à Marcia Porto, Simone Leite Gava e Antonio Luceni... quanto aos Pregadores do Riso nosso especial carinho e reconhecimento em nome de cada aluno da periferia de Araçatuba (e do mundo!) que vocês permitiram sorrir e se encantar ao longo desses anos. Parabens!!!
    Esse são os meus votos para todos aqueles que independente dos bons ou maus conselhos, sempre fizeram a arte valer a pena! (e para o CMPCA, nadaaaa????).

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  36. Bom senhora Salome desculpe a minha falha quanto a língua portuguesa não escrever corretamente nunca vai atrapalhar meu trabalho pois não sou dramaturgo tremi de tanta indignação quando vi Você tecer alguns comentários que mal pude prestar a atenção aos erros de português bom senhora selebridade cultural Você acha justo esse premio bom se acha nos explique porque e dona Cecília em momento algum disse teu nome mais se a carapuça serve me diga uma coisa Você assumiu o emprego sem negociar seu salário pois a justificativa do salário não colou me lembro bem do carnaval com a senhora no estádio Adhemar de barros e me lembro de vc ser muito vaiada pelas pessoas ali presentes bom enfim o que queria dizer eu disse em alto e bom tom podem dar as justificativas que acharem necessárias mais na minha concepção e de mais algumas pessoas que não ficam presas na cidade de Araçatuba vocês Erraram muito e ao invés de assumirem os erros os adotam e defendem mais venhamos e convenhamos sabem bem que tudo que fizeram se resume a apenas uma coisa"AUTO PROMOÇÃO"

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  37. Se tiver erros de português ignore os pois o importante foi passado a minha OPINIÃO

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  38. Estava lendo atenciosamente cada comentário. É complicado fazer uma analise visto o meu distanciamento com a sociedade cultural de Araçatuba.
    No post, Antonio foi muito feliz nas colocações e justificativas quanto às injustiças do prêmio, pois em nenhum momento me pareceu questionar os premiados, a não ser quando foi necessário, mas enfatizou os injustiçados.
    Eu fico um pouco revoltado em saber que pessoas que transmitem a arte em lugares considerados inóspitos não são lembradas. Fui apresentado a arte por um grupo de professores e diretores que fizeram a diferença na minha educação e visão de mundo. A arte foi modificadora e se não for preservada ou estimulada padece, pessoas como Neusa, Andrea, Mirian, Graça, que ofereceram algo a mais do que o fácil e sempre foram vistas e parabenizadas pelo que é chamado núcleo cultural de Araçatuba e mesmo assim nunca foram premiadas com troféu de tamanha importância.
    Trabalhamos ballet, contemporâneo, música folclórica e teatro, em escolas de periferia, praças e ruas, dividindo palco e publico com hip hop, dança do ventre e axé, mas ainda assim conseguindo um reconhecimento e atenção de um publico que não estava acostumado com o que oferecíamos, devido a qualidade dos trabalhos e essas mulheres ainda não foram reconhecidas.
    Costumava caminhar por todas as ramificações de arte da cidade escrevo, danço, desenho, interpreto, consequentemente me relacionei, ou melhor, me relaciono com as figuras carimbadas e as não carimbadas dessas orbes artísticas, figuras das quais tenho muito apreço, no entanto questiono a postura politica cultural. Tanto das que participam diretamente, como das que observam tudo a distância (me incluo nessa última categoria).
    Incluo-me, pois tive uma experiência frustrante, na verdade duas, com o “Mor” da cultura na cidade, certa vez minha professora de artes levou até ele uma de minhas poesias, ele com toda sua sabedoria disse o seguinte “não vou ler, ninguém com menos de 30 anos pode escrever poesia” - pausa dramática!!
    Outra vez, em um dos encontros do GE, o informativo Cata vento, tinha como artigo dicas para o concurso contos Araçatuba e nele o seguinte tópico “ Nunca escreva sobre algo que não tenha vivido, lugar que não conheça ou coisas que realmente não existam” – Pausa Dramática. Levantei-me da cadeira e sai.
    Foi dai que desisti um pouco da cidade, ouvir isso de alguém que forma opinião em uma cidade interiorana é lamentável e inacreditável, sendo assim optei por não ser influenciado em meu processo criativo e tenho apenas 20 anos, ou seja, muito o que evoluir.
    Desde então, nunca mais entrei em nenhum concurso cultural, estou esperando a barba crescer, espero que até lá eu não exploda, e creio que seja por isso que tenha tantas pessoas talentosas que fecham os olhos para o que acontece, elas já desacreditam na cidade.
    Acho válido reverem a forma que estão evoluindo artisticamente e valorizando os artistas, já vi jovens com potencial morrerem em palcos escolares e pequenos festivais, agora são apenas jovens fazendo da arte uma vaga lembrança.
    Não quero isso para minha vida e adoraria salvar outros também.

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  39. é Jonathan, realmente uma pena ter desistido... pois é justamente qdo os gatos saem que os ratos fazem a festa. precisa ver de perto o que fizeram do queijo!
    ainda não entenderam que só se produz cultura de baixo para cima; de cima para baixo produz-se apenas títulos. (e é tudo o que não precisamos).

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  40. Sinto vergonha de mim!

    Tenho Vergonha de Mim!
    "Por ter sido educadora de parte desse povo,
    por ter batalhado sempre pela justiça,
    por compactuar com a honestidade,
    por primar pela verdade
    e por ver este povo já chamado varonil
    enveredar pelo caminho da desonra.
    Sinto vergonha de mim
    por ter feito parte de uma era
    Que lutou pela democracia,
    pela liberdade de ser
    e ter que entregar aos meus filhos,
    simples e abominavelmente,
    a derrota das virtudes pelos vícios,
    a ausência da sensatez
    no julgamento da verdade,
    a demasiada preocupação
    com o "eu" feliz a qualquer custo,
    buscando a tal "felicidade"
    em caminhos eivados de desrespeito
    para com o seu próximo.

    Tenho vergonha de mim
    pela passividade em ouvir,
    sem despejar meu verbo,
    a tantas desculpas ditadas
    pelo orgulho e vaidade,
    para reconhecer um erro cometido
    a tantos “floreios” para justificar
    atos criminosos
    a tanta relutância
    em esquecer a antiga posição
    a tanta relutância
    em esquecer a antiga posição
    de sempre "contestar",
    voltar atrás
    e mudar o futuro.

    'Tenho vergonha de mim
    pois faço parte de um povo
    que não reconheço,
    enveredando por caminhos
    que não quero percorrer...

    Tenho vergonha da minha impotência,
    da minha falta de garra,
    das minhas desilusões
    e do meu cansaço.
    Não tenho para onde ir
    pois amo este meu chão,
    vibro ao ouvir meu Hino
    e jamais usei a minha Bandeira
    para enxugar o meu suor
    ou enrolar meu corpo
    na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

    Ao lado da vergonha de mim,
    Tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!
    De tanto ver triunfar as nulidades
    De tanto ver prosperar a desonra
    De tanto ver crescer a injustiça
    De tanto ver agigantarem os poderes nas mãos dos maus
    O homem chega a desanimar da virtude
    A rir-se da honra a ter vergonha de ser honesto
    Poesia de Cleide Canton
    Acredito ser muito relevante essa poesia para expressar o que sinto em relação a esse banalizado prêmio teria muitas coisas a dizer a senhora Salomé, a senhora Cecília e a muitos que persistem descabidamente a defender esse prêmio não qual eles estão Afundando e se a responsabilidade disso Tb é da secretaria aguardo ansiosa a posição de um dos seus representantes para que esses possam tirar esse fardo do conselho apesar de não acreditar que esse seja o caso os vejo como responsável pois se são vcs os responsáveis por nos representar onde estavam na hora onde indicação sem fundamento começarão a aparecer não era a função de vcs se mostrarem contrários a isso?
    Onde estava o conselho quando o premio Odete costa escolheu seu premiados, a já sei estavam votando em si mesmos e assim tornam justificável o porque não representarão a classe cultural pois antes disso representarão a si mesmos e se esquecerão em que lugar fica a aética e agora tomados de uma imensa arrogância ficam cegos dos erros cometidos tão preocupados com o “eu feliz a qualquer custo”
    LUANA CARVALHO ATRIZ E PRODUTORA DA CIDADE DE ARAÇATUBA

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  41. Ola a todos , então ve só o que digo quando digo que o premio se esquece de quem realmente faz a cultura , imaginem quantos injustiçados igual ao Jonathan ( Aliás um cara de um TALENTO nato ) que vi florescer e ser desprezado ao menos no meio em que tentou se levantar ,( Bom eu por mim gostaria que ele quizesse ser ator , mas ele gosta de dança e poesia e o faz de maneira brilhante. Imaginem em quantas escolas, igrejas, associações de bairro existem Artistas de Verdade ignorados , apenas por não estarem próximo ao CIRCULO SOCIAL do conselho, Conselho este que deveria ser ao menos atencioso ou conhecesse realmente os artistas de fato , esta comprovado que quem quer que faça parte de um conselho, secretariado, organização e afins tem uma vocação maior para a politica e a burocracia ( Não fosse assim não fariam parte ) E isso é muito válido , afinal existe esta nescessidade afinal "Se não fazem por nós faremos nós" o que é chato é " Se não nos reconhecem com premios, premiamo nos nós". Essa é uma conversa que corre nos bastidores da cultura de Araçatuba, o pior cego é aquele que não quer ver.
    A Elite nunca fez cultura apenas apropria-se dela.
    Tem uma cultura até, aparecer em coluna social e em festas badaladas, essa é a cultura deles de certa forma acho até interessante, claro que não tanto ao ponto de se comparar a uma Festa Junina tradicional realizada em qualquer bairro de Araçatuba a mais de décadas (Sim existem festas juninas realizadas por moradores na periferia , realizadas constante e religiosamente a décadas muitas vezes originadas de promessas mas isto tambem acredito não ser levado em conta para uma análise né, eles não conhecem ninguem do conselho ou seria um conselho que desconhece o que acontece em Araçatuba.
    E Dona Cecilia nosso grupo " Os Pregadores do Riso" não tem ligação nenhuma com o Alexandre e gostaria de informar tambem que quando de sua ida para Portugal ele foi como convidado do grupo por ser um representante da cultura publica de Araçatuba , o mesmo convite tambem foi feito ao Secretário Hélio, mas o mesmo não pode , O Governo não enviou seus funcionários nosso grupo pagou a passagem do Alexandre, com custos próprios originados de trabalhos do grupo. Aliás em todo Festival que o grupo participa, sempre que possivel enviamos convite a qualquer representante da Secretaria para que o mesmo possa apreciar os Festivais e quem sabe assim não absorver o que se faz pelo teatro nestas cidades ( A começar por apreciar os TEATROS MUNICIPAIS ) E fazemos isto há muito tempo e assim continuaremos a fazer, até lá quem sabe o conselho não se transforme e passe por uma forma minima de rodizio de cadeiras , e de pensamentos a começar por quem vai votar não pode ser votado , tudo bem corremos o risco de rodizio de premios tambem né então bom então nem sei, Mas que existe um circulo social ah sim existe sim!!!

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  42. Poema à boca fechada


    Não direi:
    Que o silêncio me sufoca e amordaça.
    Calado estou, calado ficarei,
    Pois que a língua que falo é de outra raça.

    Palavras consumidas se acumulam,
    Se represam, cisterna de águas mortas,
    Ácidas mágoas em limos transformadas,
    Vaza de fundo em que há raízes tortas.

    Não direi:
    Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
    Palavras que não digam quanto sei
    Neste retiro em que me não conhecem.

    Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
    Nem só animais bóiam, mortos, medos,
    Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
    No negro poço de onde sobem dedos.

    Só direi,
    Crispadamente recolhido e mudo,
    Que quem se cala quando me calei
    Não poderá morrer sem dizer tudo.

    (José Saramago)

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