ALINE LOPES

*Artista plástica e contadora de histórias

A artista: jovem e talentosa

Olá, pessoal, tudo bem? Depois de um longo e merecido final de semana com feriado, vamos trabalhar um pouquinho? Continuando nossa interação com os artistas plásticos de Araçatuba, esta semana falaremos sobre Aline Lopes, jovem artista araçatubense. A artista é bacharelada e licenciada em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU, tendo passado como estagiárias pelo Museu de Arte de Uberlândia - MG (MunA), pelo SESC e pela Escola de Ensino Básico – ESEBA, ambos de Uberlândia/MG.

Vários são os artistas pelos quais têm admiração e que, de algum modo, influenciaram e estão presentes em suas produções, tais quais Henry Matisse, Gustav Klint e Beatriz Milhazes.

Participou de muitas mostras individuais e coletivas, recebendo diferentes prêmios e menções honrosas. Entre elas: das seguintes Mostras: Exposições individuais: Araçatuba Shopping Center; Casa da Cultura Cora Coralina – Andradina/SP; Banespa Araçatuba; Academia Adriana Cavalheiro/Araçatuba. Exposições coletivas: Araçatuba Shopping Center; Biblioteca da UFU-Uberlândia; Espaço Cem/Araçatuba; Instituto Tomie Ohtake - São Paulo; Casa – Araçatuba; Projeto Museu itinerante – Araçatuba; Mapa Cultural Paulista, entre outras. Além de dedicar-se à sua produção enquanto artista, ministra aulas de artes plásticas para crianças, jovens e adultos no ateliê que leva seu nome, em Araçatuba/SP.

Azul da cor do céu

Apesar da presença da grande número de artistas, lamenta não ver muitas oportunidades para todos. Sobretudo em países pouco desenvolvidos cultural e economicamente, os artistas são muito pouco prestigiados. “No Brasil é muito difícil entrar no mercado brasileiro de artes plásticas; falta incentivo por parte dos governos, pouca informação sobre os modos de expor, ou mesmo ausência de espaços para este fim, são algumas das agravantes para quem trabalha com artes plásticas em nosso País”, analisa Aline. De modo geral, segundo ela, o que temos – e isso somente nos grandes centros – são galerias renomadas que cobram uma fortuna para expor o trabalho de artistas, e ainda assim com uma restrição de obras.Para Aline, Arte é a interpretação que cada um faz da realidade em que vive, dependendo da época, lugar e personalidade. Não precisa ser belo para ser considerado arte; basta, a partir de percepção, emoções e ideias, atingir o espectador, proporcionando qualquer tipo de reação.

Flores de ouro

Sobreviver da arte contemporânea é praticamente impossível em Araçatuba. É preciso ministrar aulas ou se sujeitar a trabalhos comerciais para conseguir vender. O público do interior ainda não tem cultura e formação suficientes para entender e adquirir esse tipo de arte.

E esse cenário negativo só mudará com o tempo, a partir do empenho de todas as partes, desde governo, escolas, comunidades, mídia e até mesmo na união dos próprios artistas, que se fortalecem a partir de um grupo o associação.

O mundo precisa de arte como meio de expressão,  para ser decorado, para nos ajudar no dia a dia, desde o momento em que nos vestimos ao montarmos uma salada, para explicar e descrever uma história etc. Enfim, em vários momentos da nossa vida cotidiana fazemos usos – ainda que involuntariamente – de elementos das artes plásticas: forma, cor, texturas, proporções, composições etc...

O pé de mamão

A artista não acredita em arte como inspiração. A informação por meio de livros, pesquisa e observação é fundamental para a criação do artista. Gosta de desenhar, esculpir, fazer colagens, reforma de móveis, mas tem preferência pela pintura. Em especial pelo detalhe, por isso o seu processo se inicia na mesa, depois continua na parede para uma melhor visualização. Às vezes utiliza máscaras, uma infinidade de figuras e formas que, desapropriadas do mundo, formam o seu repertório. Não há pinceladas evidentes e nem a busca de gestos, a pintura é tecida como se fosse um bordado. Os elementos, às vezes microscópicos, vão se acumulando e se sobrepondo formando harmoniosos arranjos que, se nos dispusermos a observar mais detalhadamente, veremos uma profusão de signos muito pessoais, fruto de uma pesquisa que faz das imagens e símbolos presentes na nossa vida.

Sem legenda

Quando se formou, seus pais puderam montar um espaço, um ateliê no qual ela ministra aulas e comercializa suas obras. Aline usa de diferentes meios para divulgar o seu trabalho, desde seu ateliê até participação em mostras, publicação em revistas da área de arquitetura e interiores, e também páginas na internet.