domingo, 21 de julho de 2013

TURISMO GASTRONÔMICO REGIONAL

* Professor universitário e mestre em Turismo e Hotelaria
Você já se perguntou o que leva as pessoas se deslocarem de uma cidade a outra, para comer isso ou aquilo outro? Pois é... Toda esta mobilidade é em resposta a diferentes estímulos, quer sejam suprimento, lazer, curiosidade ou status. Com esta força, acarretam incontáveis consequências de ordem econômica, política e social. No passado provocaram batalhas, grandes descobertas e, até, permutas inusitadas.

As grandes navegações, por exemplo, foram motivadas pela busca de suprimentos, no caso, as especiarias da Índia. O escambo ou barganha que os agricultores fenícios praticavam nos famosos mercados do oriente e, para facilitar as trocas, inventaram a moeda. As grandes guerras por território gerando imposição de barreiras alfandegárias.

De fato, pegar o carro num final de semana e rodar alguns quilômetros para comer uma coxinha de frango especial ou um banquete à moda mineira num restaurante de beira de estrada, tanto faz, é resultado da curiosidade e interesse pela descoberta em si de novos paladares para, depois, contar aos amigos. 

Independentemente se alguém comentou sobre tal iguaria, se você leu a indicação em um guia de viagens ou assistiu a uma reportagem pela tevê, basta um pouco de curiosidade para aguçar a vontade, aliada ao tempo e, lógico, ao dinheiro disponível que, prontamente, convidamos os amigos e pé na estrada.

Confesso que na região de Araçatuba (SP) ainda não descobri muita coisa nessa linha. Recentemente conheci um pesqueiro em Guararapes (SP), que mais me lembrou um quiosque à beira da praia. E olha que o mar está bem longe daqui. Apreciei também o famoso "cupim casqueirado", prato típico local servido nas choperias tradicionais da cidade que está representando Araçatuba no Festival Gastronômico Sabor de São Paulo, promovido pela Secretaria de Turismo do estado.

Visão parcial do pesqueiro em Guararapes

Você já ouviu falar do "Polaco"? Um restaurante que fica em Pouso Alegre de Baixo, distrito da cidade de Jaú (SP). Lá, eles servem uma leitoa à passarinho que é uma delícia! O vilarejo fica lotado de carros, principalmente aos sábados e domingos. Eles vêm de toda parte, até mesmo da capital. Incrível, não acha? A comida é bem simples e sempre a mesma: salada (tomate, ervilha e cebola), arroz com bacon, polenta frita, frango e leitoa à passarinho. Aos domingos, a salada é de batata e adiciona-se também macarrão com molho de tomate. O segredo da leitoa à passarinho ficar bem sequinha e temperada começa na escolha do animal. “A leitoa tem um tamanho ideal para ser feita a passarinho. Eu tenho um fornecedor que não é da região. Eu vou até o local e escolho. Depois levo para o abate. Eu vejo a leitoa em pé, abatida e nos tachos fritando em diferentes temperaturas”, revela o proprietário.

Parmegiana da Castelo

Apesar de estar situado no rodovia Castelo Branco, o "Parmegiana da Castelo", como ficou conhecido, também é uma boa pedida! Já ouvi pessoas falando que saem bem cedo aos domingos para almoçar lá no km 198. Hoje, não é mais preciso, pois abriram uma segunda loja da "Camponesa" em Bauru, situada na avenida marginal da Rodovia Marechal Rondom, km334.

A empada de São Miguel, o pastel de Agudos, a coxinha de Araraquara, a leitoa à passarinho de Jaú... Se você tem alguma indicação a fazer da cidade onde mora, ou de outra qualquer, registre aqui no blog. 

Bom domingo e bom passeio! 

2 comentários:

  1. A famosa pamonha de Piracicaba (SP).

    ResponderExcluir
  2. O porco a paraguaia de Fartura (SP). Assado na churrasqueira a bafo, fica macio e saboroso. O couro pururucado na hora de tirar da churrasqueira fica deliciosamente crocante!!!

    ResponderExcluir