quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Cine Holliúdy chega com tudo na comédia brasileira

*Professora universitária e mestre em Mídia Digitais
No mês em comemoramos a nossa Pátria, vamos falar um pouco mais sobre o crescimento do cinema brasileiro, que ainda é tímido, mas com certeza é um gigante adormecido.  Ainda falta, mas já temos atores incríveis, diretores e roteiristas maravilhosos; então, será questão de tempo para que o mundo se renda ao Cinema Brasileiro.  A primeira exibição do cinema no Brasil ocorreu em 1896, no Rio de Janeiro. De lá para cá, muita coisa mudou e o cinema brasileiro tem seu recorde de público com Tropa de Elite 2.

A marca registrada do cinema brasileiro ficou com a Chanchada, gênero que resistiu até as décadas de 1940 e 50, pois o público se cansou da fórmula e os atores começaram receber convites para atuar na televisão. Na década de 1970 surgiu o gênero brasileiro Pornochanchada, chamado assim por misturar elementos da chanchada e pela dose exagerada de erotismo; surgem como filme para o público de massa e foi muito influenciado pelas comédias populares italianas.  Durante as décadas de 1980 e 90 o cine brasileiro rodou e patinou, com isso aprendeu o que fazer e não fazer e, no ano 2000, já crescido, teve a sua retomada e estourou com títulos como: Cidade de Deus (2002), Carandiru (2003) e alcançou o ápice em 2007 com Tropa de Elite, que alcançaram grandes públicos e projetou o mercado brasileiro no meio internacional. Atualmente, o cinema brasileiro vai muito bem e vem conquistando cada vez mais o público com o gênero comédia que é, de longe, o gênero de maior sucesso comercial no Brasil.

Aproveitando o grande número de filmes brasileiros de comédia em cartaz, vamos mostrar alguns dos filmes com maiores sucessos de bilheteria.

A Mulher Invisível – Dirigida por Cláudio Torres. A comédia conta a história de um sujeito (Selton Mello) que vive deprimido com o abandono da esposa e que passa a conviver com uma bela mulher (Luana Piovani), que não existe.


E aí, ...Comeu? Levou mais de 2,5 milhoes de pessoas à telona. O filme propõe a comédia adulta e não evita uma linguagem pesada  e cenas de sexo. O titulo já sugere, né. No elenco, Bruno Mazzeo, Marcos Palmeira e Emilio Orciollo Neto, que vivem Fernando, Onório e Afonsinho, respectivamente; três grandes amigos que passam as noites falando sobre mulheres, sexo e, eventualmente, sobre futebol.


Se eu fosse você - Dirigido por Daniel Filho. O filme apresenta Tony Ramos e Glória Pires como marido e mulher que trocam de corpos e se envolvem em muitas confusões. O longa contou com mais de 3,6 milhões de espectadores e teve continuidade.


Esse ano, o público está se esbaldando com as comédias brasileiras e não dá pra perder "Minha Mãe É Uma Peça". Bem produzido, o filme vem de um grande público no teatro e foi parar na telona. Dona Hermínia (Paulo Gustavo), uma mulher de meia idade, é divorciada do marido (Herson Capri). Mãe agitada e preocupada, ela não larga do pé dos filhos, Marcelina e Juliano (Mariana Xavier e Rodrigo Pandolfo) e não percebe que eles já cresceram. Após descobrir que os filhos a consideram uma chata, ela resolve sair de casa sem avisar, deixando todos preocupados. Paulo Gustavo, assim como no teatro, está maravilhoso no filme e  homenageia sua mãe, com um vídeo caseiro, feito por ele e que serviu de inspiração para a história. Ao que tudo indica, o sucesso do teatro vai se repetir na telona, pois a história é básica, fácil e descontraída. Retrata muitas famílias e, com os gritos estridentes e a voz de taquara rachada da D. Hermínia, com os bobs no cabelo e seus vestidos cafonas, a risada é garantida.


Agora, pensa num filme que tá estourando no Nordeste e chega ao resto do Brasil com tudo. É Cine Holliúdy, que promete. A oralidade é cearense e carrega no humor nordestino, muito desconhecido ainda pelos brasileiros, reconhece e valoriza o talento dos atores locaias. O humor é sincero e consegue atingir o essencial.  

Dirigido por Halder Gomes, a história acontece no interior do Ceará, na década de 1970, época em que o televisor, um bem pouco conhecido pela população, afastou o público do cinema. Mas ainda bem que temos Francisgleydisson (Edmilson Filho) dono do Cine Holliúdy, um pequeno cinema da cidade. Ele tem como missão manter o meio de entretenimento vivo entre os moradores. Será que ele consegue?

Querendo ou não, parece que Francisgleydisson está prestes a se tornar mais um herói brasileiro, uma vez que o filme está superando filmes superesperado pelo público e já é considerado, por muitos, a melhor comédia de 2013. Vale conferir; se não gostar com certeza vai ampliar seu vocabulário com as aulas de “cearês” que o filme apresenta.


Com tantas opções para dar boas gargalhas, a diversão para essa semana está certa. Aproveite as sugestões e relaxe. 

Até a próxima semana, com mais conversa sobre nossa paixão... o Cinema.

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