terça-feira, 19 de novembro de 2013

Bienais e Cazuza, para semana nascer feliz!

*Jornalista e escritor

Aproveitei o final de semana prolongado com o feriado e estive em São Paulo por esses dias visitando a Bienal de Arquitetura, a Exposição sobre as Bienais de Arte e a Mostra Cazuza Mostra sua Cara no Museu da Língua Portuguesa. Três roteiros para lá de especiais e com a qualidade que os eventos de uma megalópole como São Paulo têm.


A Bienal de Arquitetura de São Paulo está em sua décima edição e acontece desde o dia 12 de outubro, sendo encerrada no dia 1º de dezembro. A programação está espalhada por diversos espaços culturais da capital, como o Centro Cultural de São Paulo, Sesc Pompeia, Masp, Praça Victor Civita, Centro Universitário Maria Antônia, entre outros. Ela é realizada há quase 40 anos pelo Instituto de Arquitetos do Brasil e na edição deste ano abordará o tema: “Cidade: Modos de Fazer, Modos de Usar”.

A edição anterior não obteve o sucesso desejado e, por essa razão, os organizadores desta edição decidiram fazer com que ela fosse aberta para todos em vários cantos da cidade, de modo que as próprias construções e espaços da cidade fossem explorados e fruídos pelos visitantes e moradores da metrópole paulista. Vale muito a pena participar.


Já no Parque do Ibirapuera, tive a oportunidade de entrar em contato com o trabalho de 108 artistas que fizeram parte da história das 30 edições da Bienal de Arte, numa mostra que homenageia os mais de cem artistas que passaram pelas bienais de arte de São Paulo desde o ano de sua fundação, em 1951, sob o título “30 x Bienal”.

São trabalhos dos mais variados, com técnicas e suportes distintos, temas e provocações dos mais diversos. Eu, que venho acompanhando as bienais de arte de perto, inclusive levando caravanas de Araçatuba para São Paulo, interagi com os trabalhos e artistas lá expostos como que se estivesse tendo um “dejavú”, ou um “vale a pena ver de novo”, um “resumo da ópera”. Quem estiver por São Paulo até 08 de dezembro tem um bom programa cultural para usufruir.


E “Cazuza mostra sua cara” no Museu da Língua Portuguesa (MLP) da forma mais autoral possível. Quem acompanhou esse jovem “porra loca” ao longo de sua vida tem compromisso marcado nesse espaço privilegiado da Língua Portuguesa. E, como não poderia ser diferente, Cazuza quebra mais um tabu no MLP, visto ser o primeiro autor não escritor a ser homenageado pela casa.

A mostra é altamente interativa, traz objetos pessoais do compositor/cantor, manuscritos de composições suas, depoimentos de parceiros de trabalhos e, é claro, muitas de suas canções que podem ser ouvidas tanto em som aberto quanto em fones de ouvido. E a curadoria, vejam só, é de um arquiteto.

Passe lá e se emocione!

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