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*Jornalista e Turismólogo |
O canelau tá dando o maior 10 do filme que faz hora com o cearencês. O filme “Cine Holiúdy”, que está chegando agora ao eixo Rio-São Paulo, está botando boneco. Se o amigo leitor está meio perdido, não se avexe, não. O filme, que já bateu o Titanic no Norte e Nordeste, é brasileiro, mas tem legenda. Acontece que os personagens falam em cearencês, e só assim dá para entender a fulerage toda.
Escrevo hoje para chamar a atenção do leitor e para rezar que em Araçatuba chegue o Cine Holiúdy, que se passa no interior do Ceará, década de 1970. A película mostra a época em que a popularização da tevê permitiu que os habitantes da cidade desfrutassem de um bem até então desconhecido. Porém, o televisor afastou as pessoas dos cinemas. É aí que Francisgleydisson entra em ação. Ele é o proprietário do Cine Holiúdy, um pequeno cinema da cidade que terá a difícil missão de se manter vivo como opção de entretenimento. Ele, inclusive, faz filmes de luta e improvisa como pode para atrair o público, que por si só já é um espetáculo.
Distribuído pela Paris Filmes, a comédia promete arrebatar uma multidão e inaugurar um novo jeito de fazer cinema no Brasil. É um filme regional feito por pessoas daquela região, sem forçar sotaque e sem exageros na formação dos tipos. Todo o elenco de “Cine Holiúdy” é de moradores de lá. Mas não é artesanal.
O diretor do filme, Halder Gomes, que traz algo de Cinema Paradiso e Amarcord à realidade do sertão nordestino, tem boa experiência na sétima arte. Nos EUA, atuou em todas as funções do cinema; trabalhou com Spike Jonze; dirigiu um longa de suspense em Hollywood (The Morgue, Cadáveres 2); dirigiu, com Glauber Filho, As Mães de Chico Xavier; e é produtor de Área Q e Bezerra de Menezes. O ator principal, Edmilson Filho, já fez trabalhos no Brasil e nos Estados Unidos, aonde mora e tem família.
Temo que em Araçatuba não chegue o filme, pois assim como os personagens do filme, estamos presos à boa vontade de um único exibidor. Que os novos shoppings cheguem com suas salas e a concorrência privilegie o público. Estou aperreado com esta falta de opção em nosso cinema.
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