sábado, 1 de junho de 2013

A ORALIDADE E A LITERATURA INFANTIL: DA CONTAÇÃO À LEITURA (Parte 1)

*Professora efetiva da Educação Básica e mestranda em Educação pela Unesp

Olá! Aqui estamos nós novamente a refletir sobre a “literatura infantil”.

Uma das maiores críticas é que dizem que é comum professores quererem desenvolver nas crianças o gosto pela leitura, quando eles mesmos não são bons leitores. “Ninguém oferece a outrem o que não tem”, por isso é preciso que o professor primeiramente goste de ler para que depois fale sobre suas leituras com entusiasmo, tendo a leitura não somente como uma exigência profissional, mas como uma necessidade pessoal! Mais do que um leitor, o professor deve ser um agente da leitura.

Um dos problemas que afastam os alunos da leitura é que muitas vezes as instituições escolares exigem certas leituras que seriam mais indicadas em outra fase da vida, não atrelando a faixa etária ao interesse.

Sabe-se que o trabalho de ampliação da leitura é gradativo, portanto, lento.

A contação de histórias é um excelente recurso para aproximar os alunos ao mundo da leitura. Quando o professor conta histórias, textos memorizados, causa muito mais impacto, visto ser uma maneira de cativá-los para se achegarem ao livro.

A passagem da leitura ingênua para a leitura crítica é um trabalho a longo prazo. Na verdade, trata-se de uma responsabilidade de todos: escola, família e sociedade. A escola e a literatura possuem a mesma afinidade de formar a personalidade do sujeito.  Na maioria das vezes, o ambiente escolar é o primeiro contato que as crianças têm com a literatura, para algumas, a escola é o único ambiente privilegiado para a sua formação leitora, um espaço educador onde se dá a iniciação de sua leitura.  

A experiência com a leitura precisa ser desafiadora e não enfadonha. Pesquisas apontam que os jovens se formam sem compreender os benefícios da leitura e acabam perdendo o interesse, por isso é tão importante o papel do professor. Regina Zilberman diz que há três profissionais disseminadores de leitura: o professor, o pesquisador e o bibliotecário, salientando que não são meros intermediários.

Constata-se também a importância das bibliotecas públicas serem aparelhadas e atualizadas, e a implantação de programas de incentivo à leitura.

Nunca é tarde para se encantar pela literatura e começar uma trajetória como leitor. 

Convido a todos vocês, a continuarem comigo refletindo sobre esta temática.

Até a próxima pessoal!

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