sábado, 15 de junho de 2013

A ORALIDADE E A LITERATURA INFANTIL: DA CONTAÇÃO À LEITURA - PARTE II

*Professora da Educação Básica e mestranda em Educação

Olá, caros leitores! 

Estamos de volta com a continuação do que começamos a refletir há quinze dias, sobre a temática A oralidade e a literatura infantil.

Bem, a grande indagação é: Por que lemos? Ora, lemos por várias razões. Lemos para rir, chorar, refletir, relembrar, descobrir, enfim, para sentirmos sensações diversas e construirmos significados sobre a vida.

Ao considerar as crianças ativas na construção de conhecimentos há uma transformação substancial na compreensão de como elas aprendem a falar, a ler e a escrever. Quanto mais puderem compartilhar o que lhes aconteceu, falar em situações diferentes, contar histórias, dar recados, explicar jogos, pedir informações, resumindo, comunicar pensamentos e intenções, mais poderão desenvolver suas capacidades. 

As hipóteses elaboradas pelas crianças em seu processo de construção de conhecimentos dependem do “grau de letramento” de seu ambiente social.

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - RCNEI (1998) a oralidade, a leitura e a escrita devem ser trabalhadas de forma integrada e complementar, potencializando-se os diferentes aspectos que cada uma dessas linguagens solicita das crianças. Neste documento do Ministério da Educação (MEC), os conteúdos a serem trabalhados com as crianças de quatro a seis anos são apresentados em três blocos: “Falar e escutar”, “Práticas de leitura” e “Práticas de escrita”. 

Uma das tarefas da educação infantil é ampliar, integrar a fala das crianças em contextos comunicativos diversificados e ricos, como conversas cotidianas, canto de músicas, escuta de histórias, para que a criança se torne competente como falante. A leitura de textos escritos em voz alta feita pelo adulto, o manuseio de livros e diversos portadores de textos pelas crianças, podem construir uma relação prazerosa dos pequenos com a leitura.

“Práticas de leitura” desde tenra idade são de grande valor, por isso não são sempre necessárias atividades subsequentes, como desenhar personagens, responder perguntas, dramatizar histórias, para que não ocorra uma ideia distorcida do que é ler, já que estas atividades devem ser realizadas quando houver sentido. 

Comunicar práticas de leitura permite colocar as crianças no papel de “leitoras”. Por meio das histórias contadas e lidas elas podem estabelecer relações com a sua forma de pensar e o modo de ser do grupo social ao qual pertencem.

Bem, hoje podemos parar por aqui e daqui duas semanas avançaremos um pouco mais em nossas reflexões. 

Participem, inclusive não perdendo nenhuma leitura e postando comentários, pois, por meio de “textos-diálogos”, uniremos nossos “fios” para tecer um único artigo sobre tal temática. 

Até a próxima pessoal, e lembrem-se: 

“Uma teia é formada por muitos fios!”; conto com vocês!

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