terça-feira, 26 de novembro de 2013

POESIA, PIPOCA E PIÃO

*Jornalista e escritor

Olá, meus amigos... Mais uma semana na vida da gente, não é? E o que vamos fazer com ela? (Ou o que ela fará com a gente?!).

A quinta-feira da semana passada foi uma data muito especial para mim. Lancei mais um livro, meu primeiro de poesia voltado para o público infantojuvenil (ou para quem gosta de poesia e não tem idade pra isso). A publicação foi patrocinada pela Prefeitura de Araçatuba, a partir de concurso/edital público da Secretaria Municipal da Cultura. Meu livro foi um dos premiados.

Alegria foi ver aquela meninada toda correndo para lá e para cá, com pipoca, algodão-doce e pirulito nas mãos... Alegria maior ver uma sentada no canto folheando o livro, ao lado de pai, mãe ou avó ouvindo os poemas, entusiasmada com as ilustrações e as surpresas que todo livro deve oferecer...

Como afirma Ricardo Azevedo no prefácio do livro, “... a leitura em voz alta costuma ter um caráter afetivo, afinal ler para o outro é quase sempre uma forma de doação...”. Doamos, portanto, nosso fôlego, nossa experiência, nossa motivação e entusiasmo ao partilhar de poemas com crianças, jovens e adultos. E dividimos de poesia porque ela é tão grande, tão intensa em nossa vida que não seria adequado (mesmo que quiséssemos) guardá-la somente para nós.



Saio, agora, com Poesia nos braços e passamos a visitar escolas municipais, estaduais e particulares de Araçatuba e região. Com ela a meu lado, buscamos encontrar corações abertos para arte, para o inventivo, para o subjetivo da vida... A poesia está para nós tal qual uma religião, a partir da qual nos nutrimos espiritualmente... Como algo de misterioso (ou místico) com o qual somos envolvidos, encantados e, a partir do qual, saímos embriagados não sabendo bem o porquê...

Agora, Poesia, pipoca e pião não é somente mais meu. Agora, Poesia, pipoca e pião tem personalidade própria, vai dialogar com outros tantos, independente de minha vontade ou intenção primeiras. E, dentro de cada uma dessas relações, um sentimento muito particular. Certamente um gostará mais deste ou daquele texto, que não será o gosto do outro; alguns abraçarão os textos que nele estão como se fossem a melhor coisa do mundo; já outros, torcerão o nariz, vão achar que foi um desperdício de papel... Entretanto, a poesia está cá dentro e me invade a vida inteira!

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