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*Artista plástica e contadora de histórias |
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O artista em seu ateliê |
Olá pessoal, tudo bem? Esta semana
gostaria de apresentar para vocês esse artista, de um trabalho tão particular:
Ângelo Poura.
Empresário na cidade, trabalha
com arte desde os 14 anos de idade, no antigo Instituto Noroestino Trabalho,
Educação e Cultura – INTEC, na área publicitária. Com artes plásticas é
autodidata, fabricando suas próprias tintas e telas.
Sua vida está rodeada de arte: esculturas,
luminárias, painéis, telas, objetos de designers... tudo em sua residência
dialoga com as artes. De formação cristã, seu trabalho é todo carregado de
temática religiosa: cenas bíblicas, santos, temas como vida, morte,
ressurreição, bem, mal, vida eterna... De tudo um pouco vai parar em seu
trabalho.
“Faço de tudo um pouco em artes
plásticas. Para criatividade, não há barreiras. As ideias começam a surgir e aí
deixo fluir. A decisão por esta ou aquela linguagem, uso de materiais etc. é consequência
desta reflexão, dessa minha relação com temas e ideias que vão nascendo”,
declara o artista sobre seu processo de criação e produção.
O artista diz ser apaixonado pelo
ser humano, sobretudo as pessoas simples do povo, trabalhadores braçais, gente
anônima. “O jeito de ser de cada pessoa, um gesto, o ir e vir tão particular em
cada um são meu objeto de produção”, comenta.
Para Poura, arte é a expressão de
um povo ou época através da observação e o sentimento de um artista. As artes
plásticas, segundo ele, tal qual as pessoas estão acostumadas a ver, como em
quadros ou escultura, estão em decadência. “Hoje, a arte é muito mais dinâmica,
de visualização rápida e descartáveis”, pondera o artista.
Em sua visão, o Brasil segue a mesma tendência nos grupos
mais avançados, porém, a maior parte dos artistas vive ainda a mentalidade do
século XlX. “Em nossa cidade e região, a arte não existe, apenas sobrevive pela
força de nossos artistas anônimos”, se queixa. Para que esse quadro se
modifique, o começo seria uma formação cultural que desse conta de criar um público
consumidor de arte, que valorizasse tanto o artista quanto sua produção.
Os artistas, na visão de Poura,
são os primeiros a ver e sentir o que acontece em uma sociedade. São eles que
abrem novos caminhos e a tendência que a sociedade vai percorrer. Precisavam
ser melhor prestigiados, mais ouvidos, melhor compreendidos. “Minha arte está
envolvida com os problemas e espiritualidade de uma sociedade”.
Dentro os trabalhos a que teve
acesso e que considera emblemático é a tela “Retirantes”, de Cândido Portinari.
“Ele conseguiu colocar nesta obra toda dor e o sentimento de um povo, através
da imagem, das cores e pinceladas, uma verdadeira obra de arte. Ao olharmos
para as figuras, somos capazes de sentir o que passa na alma daquelas pessoas e
toda sua história”, analisa Ângelo Poura.
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Retirantes - Cândido Portinari |
Bom, espero que tenham gostado.
Eu, particularmente, considero os trabalho de Ângelo Poura de um vigor e
introspecção únicos. E estamos precisando de uma nova exposição sua, Ângelo!
Um forte abraço e até semana que
vem!
Alguns trabalhos do artista:
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