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* Professora universitária e mestre em Mídias Digitais |
Se você chegou a pensar que algum dia o cinema seria substituído pelos DVDs ou, agora, pelos Blu-rays, esqueça; não há como substituir o programa cinema, ainda mais com as inovações que os diretores se propõem a buscar a cada dia.
Nessa semana vamos conhecer um pouco mais sobre o filme AVATAR e entender o avanço que teve o cinema mundial em parceria com a computação gráfica. Ao assistir ao filme, prepare-se para embarcar numa viagem para um novo mundo. O diretor James Cameron, um visionário e perfeccionista, escreveu o filme há 15 anos e aguardava o momento em que a tecnologia se desenvolvesse para conseguir converter em filme as fantásticas paisagens pensadas para a história.
O início do filme é simples e não dá para imaginar o que virá pela frente. O ator Sam Worthington interpreta Jake Sully, um rapaz que, após sofrer um acidente e ficar numa cadeira de rodas, vê no projeto Avatar uma possibilidade de voltar a sentir a vida. O projeto tem como objetivo buscar, custe o que custar, uma poderosa fonte de riqueza que está em Pandora, um lugar habitado pelos alienígenas Na'Vis, com idioma próprio. Pacíficos eles vivem em parte como ancestrais humanos, usam arco e flecha, cavalgam animais estranhos que se conectam a eles por meio de uma calda, às vezes, emitem grunhidos quando estão alegres ou bravos.
Sigourney Weaver é a Dra. Grace, uma cientista que lidera um grupo que conduz o projeto AVATAR, que consiste na transferência temporária da mente humana para o corpo de um Na'Vi (o Avatar). Ela passa a conviver com os Na'Vis para conhecê-los melhor e, a partir disso, se envolve com a comunidade junto com Jake, que também foi escolhido para se infiltrar em Pandora.
No roteiro, encontramos o "arroz com feijão" das histórias: mocinho, mocinha, vilão, protetores e assim por diante. O mérito vai para o conjunto que reuniu trilha sonora, estrutura, falas de fácil entendimento e com o envolvimento de um humano que não consegue se decidir entre o certo e o errado, ao envolver-se com o mundo azul de Pandora.
Assim é AVATAR, uma história de amor, acrescentada de consciência; um épico da ficção científica e um marco do cinema na era tecnológica. Os efeitos especiais desenvolvidos por Cameron misturam ator real e computação gráfica e superam qualquer efeito tecnológico já visto. Os Na'Vis são exóticos, enormes, possuem a cor azulada e possuem traços de animais, mas possuem muita humanidade nos gestos e olhares. Eles são impressionantes e envolventes.
No filme, 40% das cenas são gravadas por atores reais, as demais cenas foram todas produzidas por computação gráfica (CGI) e foram gravadas em 2007, embora desde 1999 Cameron aguardava o mercado lançar condições de tecnologia mais baratas para produzir o filme. Mas, após ver Senhor dos Anéis, Cameron decidiu realizar Avatar, tamanho o realismo que viu no personagem Gollum levou-o a perceber que a tecnologia CGI tinha avançado o suficiente para concretizar seu projeto. Esse foi seu primeiro filme produzido após Titanic.
AVATAR é um espetáculo visual. O longa é longo mesmo (risos) e talvez, para alguns, isso seja um ponto negativo, mas o tempo parece não passar. Quando nos infiltramos junto com os personagens em Pandora vivemos por alguns momentos em um mundo dos sonhos; a vida pode ser azul realmente em Pandora, e dá mesmo pra se imaginar convivendo com os Na'Vis, conversando em seu idioma, com toda sensualidade que seus habitantes possuem. A magia vive em Pandora e essa sensação faz com que o filme toque muito forte no espectador. Assistir a esse filme pode ser uma experiência inesquecível e profunda.
Experimente e seja bem-vindo à Pandora! Por hoje é isso, até a próxima semana...
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