quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

ANITA MALFATTI

*Artista Plástica e Contadora de Histórias

Olá meus amigos, tudo bem? Alegria estar com vocês mais uma vez. Gostaria de aproveitar, antes de apresentar o artista dessa semana, e convidá-los para comparecerem à Mostra de Arte "Colorindo a Infância", assinada por mim e por minha amiga, também artista plástica, Edna Badú. Ela está montada no Museu Araçatubense de Artes Plásticas - MAAP, na Casa de Cultura Adelino Brandão, Rua Duque de Caxias, 29, fundos com a Tanger, em Araçatuba. Espero por vocês lá!

Bem, continuando nossa saga de conhecer nossos artistas brasileiros, vamos de mais uma mulher, também modernista, que sofreu bulliyng de Monteiro Lobato e se enfiou em sua "carapaça" feito caramujo. Claro que estamos falando de Anita Malfati.


VIDA E OBRA

Anita Catarina Malfatti (São Paulo, 2 de dezembro de 1889 – São Paulo, 6 de novembro de 1964), pintora, desenhista, gravadora, ilustradora e professora. O início de sua instrução artística e cultural foi iniciada por sua mãe, a americana Betty Malfatti, professora de pintura e línguas. Por causa de uma atrofia no braço e na mão direita, Anita transformou-se em canhota, utilizando a mão esquerda para pintar.


Em São Paulo, estudou no Mackenzie; na Alemanha, estudou na Academia Real de Belas Artes de Berlim. Em Nova York, teve aulas de pintura, desenho e gravura com diversos artistas na Arts Students League of New York, na Independent School of Art e trabalhava fazendo ilustrações para as revistas Vanity Fair e Vogue.

Passou a ser conhecida após uma de suas exposições (organizada por Di Cavalcanti), quando o escritor Monteiro Lobato fez uma crítica destrutiva da artista que quase acabou com sua fabulosa carreira. Após essa época, alterou sua temática, produzindo, naturezas-mortas, retratos, paisagens e cenas populares.


No fim da década de 1910, em São Paulo, estudou pintura no ateliê do artista plástico Pedro Alexandrino, onde conheceu Tarsila do Amaral. Lecionou desenho na Escola Americana, na Universidade Mackenzie, na Associação Cívica Feminina e em seu próprio ateliê (este frequentado por inúmeros artistas).

Ganhou pelo Pensionato Artístico do Estado de São Paulo uma bolsa de estudos em Paris.

Fundou com Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Pichia o Grupo dos Cinco, em 1922, e participou da Semana de Arte Moderna. Anos mais tarde, integrou na Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM), na Família Artística Paulista (FAP) e participou do Salão Revolucionário.


Em 1942, foi presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Sua primeira retrospectiva aconteceu no Museu de Arte de São Paulo, em 1949. Expôs também no 1º Salão Paulista de Arte Moderna e na 1ª Bienal Internacional de São Paulo.

Após a morte de sua mãe, Anita se afastou do meio artístico por algum tempo, no entanto, quando regressou oficialmente em uma exposição individual de 1955, a artista apresentou suas obras produzidas nesse período de reclusão. Seu novo tema, era exclusivamente a arte popular brasileira, opção esta, considerada por ela e por diversos profissionais sua melhor e mais pura fase.

* FOTO: Anita Malfatti e seu Tempo. Centro Cultural Banco do Brasil (pág. 23); Rio de Janeiro, 1996.

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